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SÍNDROME HELLP: análise da produção do conhecimento na Enfermagem
Samanta Biasus, Gilmar Antonio Felario Junior, Juliana Marchiori Lara

Última alteração: 18-10-2016

Resumo


FELARIO, Gilmar Junior[1]; BIASUS, Samanta[2]; LARA, Juliana Marchiori[3]

 

INTRODUÇÃO: A síndrome Hellp foi inicialmente descrita por Pitchard (1954) e, posteriormente, revista por Weisntein (1982). Até seu reconhecimento como entidade especifica, era frequente e erroneamente confundida, com diagnóstico de hepatite, levando a retardo no tratamento e, consequentemente, desfechos desfavoráveis para a gestante e o feto.1 Trata-se de uma complicação obstétrica grave que pode ocorrer isoladamente, mas, frequentemente, associa-se a pré-eclâmpsia grave. Caracteriza-se por anormalidades na coagulação e lesão hepática, evidenciando: hemólise, elevação das enzimas hepáticas e plaquetopenia severa.2 OBJETIVO: Buscou-se, por meio de publicações científicas, evidenciar o papel do enfermeiro e as intervenções de enfermagem que contribuíssem com a identificação precoce e minimização dos riscos à gestante e seu filho, nos casos de síndrome hellp. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica, descritivo, que selecionou publicações disponibilizadas na Scientific Eletronic Library Online (Scielo), no período de 2005 a 2015, utilizando-se os descritores: Síndrome Hellp, Gestação e Enfermagem. Foram encontrados 22 artigos, sendo que sete deles contemplavam os três descritores, os objetivos e o tema proposto. RESULTADOS: Os estudos destacam que dentre os principais fatores de risco para a síndrome Hellp, estão a síndrome hipertensiva específica da gestação, a hipertensão grave e suas complicações (pré-eclâmpsia e eclampsia); o diabetes mellitus; e outros fatores predisponentes, como idade da mãe (precoce ou avançada), nuliparidade e gestações múltiplas.3,4,5 A boa evolução do quadro clínico está diretamente relacionada a um bom e precoce diagnóstico e a uma adequada avaliação dos sinais e sintomas, sendo estes os fatores determinantes para um melhor prognóstico, tanto para a gestante quanto para o feto.5,6 Uma vez confirmado o diagnóstico de síndrome hellp e quanto mais precocemente isto ocorrer, a pronta interrupção da gestação, em qualquer idade gestacional, é diretamente relacionada à diminuição da mortalidade materna e fetal.4,5,6 O enfermeiro, por meio de sua atuação e prescrição das intervenções, pode exercer papel de destaque na detecção precoce de sinais e/ou sintomas incipientes, contribuindo decisivamente para o diagnóstico preciso e adoção das medidas mais adequadas pela equipe multidisciplinar.

CONCLUSÃO: A síndrome hellp configura-se em uma situação dramática e em uma emergência. Neste contexto, as ações e intervenções do enfermeiro merecem destaque, pois a proximidade com a gestante e a atenta observação de alterações, ainda que discretas, podem contribuir intensamente com sua identificação precoce e consequente interrupção da gestação, que são determinantes para os desfechos clínicos.

 

PALAVRAS CHAVE: Sindrome Hellp. Gestação. Enfermagem.

REFERÊNCIAS: 1 HARAM K, SVENDESEN E, ABILDGAARD U. The hellp syndrome: Clinical issues and management. A rewiew. BNC Pregnancy Childbirth 2009 9(8): 1-15. Acesso em: 11/09/2016;

2 MARTINS-COSTA, S. et al. Rotinas em obstetrícia. 4. ed. Porto alegre: Artmed, 2001;

3 OLIVEIRA, R. S.; DE MATOS, I. C. et al. Síndrome Hellp: estudo de revisão para o cuidado de enfermagem. Revista Enfermería Global, n. 28, out. 2012;

4 LOPES, Gertrudes Teixeira; OLIVEIRA, Maria Cristina Rosa; SILVA, Kátia Maria. Hipertensão gestacional e a sindrome de Hellp: enfase nos cuidados de Enfermagem. Revista Augustus, v. 18, n. 36, 2013;

5 KATZ, Leila et al . Perfil clínico, laboratorial e complicações de pacientes com síndrome HELLP admitidas em uma unidade de terapia intensiva obstétrica. Rev. Bras. Ginecol. Obstet., v. 30, n. 2, p. 80-86, fev. 2008;

6 OLIVEIRA, Maria Ivone Veríssimo; VASCONCELOS, Simone Gonçalves. Puérperas om sindrome de Hellp: analise baseada nos aspectos obstétricos. Rev Rene. v.7, n. 2, p. 74-80, mai./ago. 2006.


[1] Acadêmico do Curso de Enfermagem /ULBRA Carazinho. gilmarfelario@yahoo.com.br

[2] Acadêmica do Curso de Enfermagem/ULBRA Carazinho. saahbiasus@gmail.com

[3] Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Docente do Curso de Enfermagem ULBRA Carazinho. Orientadora. marchiorilara@terra.com.br