Última alteração: 17-10-2016
Resumo
FELARIO, Gilmar Junior[1]; BIASUS, Samanta[2]; LARA, Juliana Marchiori[3]
INTRODUÇÃO: A síndrome Hellp foi inicialmente descrita por Pitchard (1954) e, posteriormente, revista por Weisntein (1982). Até seu reconhecimento como entidade especifica, era frequente e erroneamente confundida, com diagnóstico de hepatite, levando a retardo no tratamento e, consequentemente, desfechos desfavoráveis para a gestante e o feto.1 Trata-se de uma complicação obstétrica grave que pode ocorrer isoladamente, mas, frequentemente, associa-se a pré-eclâmpsia grave. Caracteriza-se por anormalidades na coagulação e lesão hepática, evidenciando: hemólise, elevação das enzimas hepáticas e plaquetopenia severa.2 OBJETIVO: Buscou-se, por meio de publicações científicas, evidenciar o papel do enfermeiro e as intervenções de enfermagem que contribuíssem com a identificação precoce e minimização dos riscos à gestante e seu filho, nos casos de síndrome hellp. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica, descritivo, que selecionou publicações disponibilizadas na Scientific Eletronic Library Online (Scielo), no período de 2005 a 2015, utilizando-se os descritores: Síndrome Hellp, Gestação e Enfermagem. Foram encontrados 22 artigos, sendo que sete deles contemplavam os três descritores, os objetivos e o tema proposto. RESULTADOS: Os estudos destacam que dentre os principais fatores de risco para a síndrome Hellp, estão a síndrome hipertensiva específica da gestação, a hipertensão grave e suas complicações (pré-eclâmpsia e eclampsia); o diabetes mellitus; e outros fatores predisponentes, como idade da mãe (precoce ou avançada), nuliparidade e gestações múltiplas.3,4,5 A boa evolução do quadro clínico está diretamente relacionada a um bom e precoce diagnóstico e a uma adequada avaliação dos sinais e sintomas, sendo estes os fatores determinantes para um melhor prognóstico, tanto para a gestante quanto para o feto.5,6 Uma vez confirmado o diagnóstico de síndrome hellp e quanto mais precocemente isto ocorrer, a pronta interrupção da gestação, em qualquer idade gestacional, é diretamente relacionada à diminuição da mortalidade materna e fetal.4,5,6 O enfermeiro, por meio de sua atuação e prescrição das intervenções, pode exercer papel de destaque na detecção precoce de sinais e/ou sintomas incipientes, contribuindo decisivamente para o diagnóstico preciso e adoção das medidas mais adequadas pela equipe multidisciplinar.
CONCLUSÃO: A síndrome hellp configura-se em uma situação dramática e em uma emergência. Neste contexto, as ações e intervenções do enfermeiro merecem destaque, pois a proximidade com a gestante e a atenta observação de alterações, ainda que discretas, podem contribuir intensamente com sua identificação precoce e consequente interrupção da gestação, que são determinantes para os desfechos clínicos.
PALAVRAS CHAVE: Sindrome Hellp. Gestação. Enfermagem.
[1] Acadêmico do Curso de Enfermagem /ULBRA Carazinho. gilmarfelario@yahoo.com.br
[2] Acadêmica do Curso de Enfermagem/ULBRA Carazinho. saahbiasus@gmail.com
[3] Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Docente do Curso de Enfermagem ULBRA Carazinho. Orientadora. marchiorilara@terra.com.br