Última alteração: 19-10-2016
Resumo
O uso indiscriminado de produtos para alisamento contendo formol em salões de beleza pode trazer muitos malefícios para o organismo. Tanto em profissionais cabeleireiros, que aplicam esses produtos diariamente, como também em clientes que realizam esse procedimento em busca de uma beleza que nem sempre será favorável a sua saúde. O formol é comercializado em solução aquosa, é um produto usado na conservação dos tecidos de animais e corpos humanos. O objetivo desse trabalho foi desenvolver uma pesquisa bibliográfica dos processos de transformação da haste capilar através do uso de formol como conservante e os sintomas respiratórios e não respiratórios causados nos profissionais. As fontes utilizadas para este trabalho são de origem literária científica, retiradas de artigos científicos recentes, e em sites como Scielo e Google Acadêmico no período de 2014, contendo quatro artigos e um livro. Os cabelos, desde os tempos mais remotos, exercem grande importância para a humanidade como símbolo de status, poder e atração, fortemente ligados à autoestima. Com isso as indústrias de cosméticos vêm revolucionando o mercado brasileiro lançando diversos produtos para tratar e embelezar os cabelos. As escovas definitivas e as progressivas estão em evidência, o formaldeído é utilizado nos procedimentos destinados à escovas progressivas e seu uso está fundamentado pela ANVISA que estabelece limite máximo de 0,2% (Res162/01). Os princípios ativos para alisamentos, agem diretamente sobre a estrutura química do cabelo. Para este tipo de alisamento o formaldeído é utilizado somente para conservar, pois essa substância química não possui ação alisante de cabelos. Através de uma pesquisa realizada em 37 cabelereiros que utilizam EPI’s relatando os sintomas respiratórios e não respiratórios após e durante a aplicação do alisamento capilar. Com relação aos sintomas respiratórios, vinte e cinco pessoas relataram ardência ou irritabilidade nas vias aéreas superiores, doze pessoas relataram tosse, três pessoas relataram expectoração e treze pessoas relatam não obter nenhum sintoma. Já em relação aos sintomas não respiratórios, sete pessoas relataram coceira na face, treze pessoas coceira no nariz, onze pessoas relataram cefaleia, vinte e nove pessoas relataram lacrimejamento e três pessoas relataram edema facial. Conclui-se que o profissional desconhece e não tem a consciência do malefício causado pelo formol. Através dos resultados da pesquisa que foi realizada, pode-se perceber que a irritabilidade nas vias aéreas e o lacrimejamento são os sintomas mais comuns entre os profissionais. Grande parte dos profissionais que atuam nessa área tem conhecimento sobre o produto, o cheiro e a característica, mas mesmo assim optam por utilizar em virtude dos resultados estéticos e da lucratividade que podem trazer, colocando a beleza e o benefício financeiro como primeiro plano.
Palavras-chaves: Formaldeído, alisamento capilar