Última alteração: 17-10-2016
Resumo
INTRODUÇÃO: O trabalho em Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) é complexo e intenso, no qual, o enfermeiro deve estar qualificado e pronto a atender pacientes com alterações hemodinâmicas importantes, que requerem conhecimentos específicos. A insuficiência renal aguda (IRA) configura-se como um dos fatores que mais impacta a saúde do indivíduo, implicando em aumento do tempo de internação hospitalar e da mortalidade. É mais comum no paciente hospitalizado e sua incidência pode variar entre 20 a 40% em UTI¹. A IRA pode ser definida como a perda súbita ou progressiva e potencialmente reversível da função renal, independentemente da etiologia ou mecanismos². OBJETIVO: Buscou-se avaliar o papel da equipe de enfermagem frente à ocorrência de insuficiência renal aguda, na UTI. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, tipo revisão bibliográfica, no qual se pesquisou artigos na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e na Scientific Electronic Library Online (SCIELO), no período de 2005 a 2015, utilizando-se os seguintes descritores: Equipe de Enfermagem; Insuficiência Renal Aguda; Unidade de Terapia Intensiva. Foram encontrados 21 artigos científicos, dos quais foram selecionados nove, por contemplarem todos os descritores do estudo. RESULTADOS: Os estudos apontam que o trabalho do enfermeiro em terapia intensiva abrange uma gama de conhecimentos muito diversos, desde as doenças mais prevalentes; cuidados gerais e específicos; drogas mais utilizadas, seus efeitos, para-efeitos e administração; saberes acerca do funcionamento e adequação de aparelhos e equipamentos, dentre várias outros. Estas atividades integram a rotina de um enfermeiro intensivista e deve ser por ele dominado³. Quanto à IRA, compete ao enfermeiro estar atento ao quadro clínico do paciente, avaliando-o como um todo, desde uma completa história e exame físico até a interpretação de exames laboratoriais, em especial os referentes à função renal (ureia e creatinina). Outro aspecto relevante é a realização e avaliação do balanço hídrico, observando atentamente o débito urinário e o aspecto da urina. Deve-se dedicar atenção ao uso e à indicação de medicações com potencial nefrotoxicidade. Ou seja, a assistência de enfermagem deve basear-se na monitorização precoce das alterações clínicas e hemodinâmicas, buscando a prevenção de complicações, participação no tratamento das emergências hidroeletrolíticas, avaliando a evolução e a resposta aos tratamentos instituídos, bem como, fornecendo suporte emocional ao paciente e seus familiares. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com base na análise bibliográfica, a IRA acomete grande quantidade de pacientes na UTI, o enfermeiro está diuturnamente em contato com o paciente, devendo manter vigilância constante e sendo fundamental para a detecção precoce da IRA, assim, podendo identificar alterações de forma rápida, acionando a equipe multiprofissional e implementando ações de enfermagem na busca de evitar disfunções renais e/ou minimizar suas complicações.
PALAVRAS CHAVE: Insuficiência Renal Aguda. Equipe de Enfermagem. Terapia Intensiva