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TRANSEXUALIDADE E CIDADANIA: a inclusão no panorama socioeconômico
Vinicius Pires Severo, Luís Marcelo Mendes

Última alteração: 17-10-2016

Resumo


A população T (travestis, transexuais e transgêneros) tem ganhado visibilidade, mas ainda
assim sofre com a marginalização, preconceito e com a negação de seus direitos fundamentais e/ou sociais.
Apesar do processo de mobilização social e parlamentar, a exemplo de projetos de lei como o PL
5002/2013, da Lei João W. Nery ou Lei da Identidade de Gênero, a conquista de espaço na sociedade atual
depende majoritariamente de fatores econômicos. Assim, no ponto socioeconômico a população T está
mais distanciada da cidadania plena, por aspectos de uma cultura patriarcal e sexista, que removem essas
pessoas dos espaços públicos e as reconhece como doentes mentais, visto que o estigma social ainda
persiste, e pode ser constatado pela presença da transexualidade no CID, nomeado transtorno de
identidade de gênero. Sob essa ótica devem ser propostas políticas públicas para assegurar a cidadania
plena, com ênfase, no acesso à educação básica e à livre expressão de gênero, mas também a participação
no ensino superior e no mercado de trabalho. Essas políticas afirmativas devem combater a exclusão social,
cultural e principalmente econômica de minorias, sejam essas de gênero, etnia ou sexualidade. Um sistema
de cotas pode promover a inclusão dessa população na cidadania plena, através do acesso ao mercado de
trabalho, mas também consequentemente de forma sociocultural, e faz com que essa população
marginalizada seja integrada na vida diária da sociedade.