Última alteração: 28-09-2018
Resumo
Palavras-Chave: Diferenciação microbiológica. Bactérias Gram-Negativas. Meios de cultura.
RESUMO:
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2015), milhares de pessoas adoecem todos os anos em consequência da ingestão de alimentos contaminados, decorrentes de processos como manipulação, estocagem e preparação inadequadas. Dentre as bactérias que estão mais vinculadas a causa de doenças de origem alimentar, temos os bacilos gram-negativos Salmonella sp. e Shigella sp.(SILVA, 2008), causadores de gastroenterites, enterocolites, septicemias, dentre outras complicações (ANVISA, 2013). Sendo assim, o presente trabalho tem por objetivo apresentar como é realizada a identificação e diferenciação dos gêneros Salmonella e Shigella através dos meios de cultura Ágar MacConkey, Ágar Salmonella\Shigella (SS) e Ágar TSI. Trata-se de um estudo do tipo revisão bibliográfica, com abordagem descritiva, onde foi realizada uma pesquisa abrangente nos bancos de dados, Scielo, Google Scholar e Pubmed, com arquivos publicados entre os anos de 2004 a 2017, com os seguintes termos isolados ou combinados entre si: Salmonella sp., Shigella sp., e Identificação laboratorial. Os critérios de inclusão foram: artigos intimamente relacionados ao tema publicados nos idiomas inglês, espanhol e/ou português. Já os critérios de exclusão foram artigos que não cumpriram os critérios anteriormente estabelecidos. Foram identificados cerca de 50 artigos, onde de acordo com os critérios de inclusão e exclusão, 29 foram selecionados para leitura. Com base no que foi encontrado nos referenciais de pesquisa, foi possível adequar um fluxograma de identificação a partir de uma amostra de fezes que foi semeada em ágar macconkey, onde ocorreu a avaliação dos microorganismos que cresceram no meio como sendo Gram (-), e realizada coloração de Gram para identificar características como a presença ou ausência de flagelos. Após isso o fluxograma segue com as amostras potenciais que passam para cultura em meio ágar SS, onde veremos crescimento de colônias pretas para Salmonella spp. e de cor creme para Shigella spp.; e pelo ágar TSI para confirmação do gênero, onde Salmonella spp. não fermenta lactose, apresenta H2S e fermenta glicose, e a Shigella spp. não fermenta lactose nem glicose, e não apresenta H2S. Conclui-se que é de extrema importância saber identificar e diferenciar tais patógenos e que ambos apresentar características de identificação muito parecidas, embora os poucos detalhes que os diferem já sejam o suficiente para a diferenciação dos gêneros.
PRINCIPAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Gram Negativos Fermentadores. Brasil, 2013. Acesso em: 01 abr. 2017. Disponível em: < http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/boas_praticas/MODULO2/isolamento.htm >.
LEVY, Carlos Emílio. Manual de Microbiologia Clínica para o Controle de Infecção em Serviços de Saúde. 1ª edição. Brasília: Editora Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 2004.
MINISTÉRIO DA SAÚDE, Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual Integrado de Vigilância e controle da Febre Tifoide. 1ª edição. Brasília: Editora MS. 2008.
OMS – Organización Mundial de la Salud. Salmonella no tifoidea. Nota descriptiva nº139, agosto 2015. Acesso em: 11 abr. 2017. Disponível em: < http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs139/es/ >.
SILVA, Carlos H.P.M. Coprocultura – Salmonella e Shigella. News Lab, edição 86, 2008. Acesso em: 01 abr. 2017. Disponível em: < http://www.medcorp.com.br/medcorp/upload/downloads/NEWSLAB_Especial%20Protocolos%20de%20Microbiologia_2008724113035.pdf >.
UFBA – Universidade Federal da Bahia. Isolamento de Microorganismos – Provas bioquímicas. Brasil, 2012. Acesso em: 01 abr. 2017. Disponível em: < http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:ajbjOk90SO4J:www.microbiologia.ufba.br/aulas/provas%2520bioquimicas.doc+&cd=4&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br > .