Ao decorrer do tempo as técnicas de neurociência avançaram, entretanto algumas permanecem quase inalteradas desde sua criação. Sendo assim, a técnica para obtenção e purificação de Sinaptossoma a partir de cérebro de mamíferos é a mesma desde 1984, com raras mudanças e poucas atualizações. Com isso, queremos mostrar como esta técnica é empregada em laboratórios de pesquisa que abordem os campos da Neurotoxicidade e da Psicofarmacologia. Sinaptossoma é uma porção final do neurônio que se envolve protegendo a maquinaria, resultante de uma fricção ou maceração, possibilitando manter a integridade e viabilidade do mesmo para observações e testes com Epilepsia e demais acometimentos neurológicos. Este trabalho tem por objetivo apresentar a técnica de Extração e Purificação de Sinaptossomas. Realizou-se uma pesquisa de revisão bibliográfica, utilizando como critério de refinamento os seguintes descritores: Neuroquímica, Neurotoxicidade, Gradientes de Percoll® para purificação celular. Utilizado os principais bancos de dados: Scielo, PubMed, LILACS, Capes, para seleção de artigos e manuais afins publicados de 2014 a 2018 (com exceção do artigo base 1984). A realização da técnica de extração de Sinaptossoma consistem em preparar o cérebro de um animal mamífero (mais comum) ou de qualquer organismo com neurotransmissores (peixes), homogeneizando-o com meios próprios para manter a viabilidade sináptica. Após isto, necessita-se centrifugar o obtido em meio de gradientes de Percoll® rigorosamente graduados, de forma a obter uma “nuvem”, já que debridos, mitocôndrias e artefatos ficam retidos nos gradientes. Com a obtenção do Sinaptossoma entre as fases de gradiente, pode-se iniciar os testes, sendo eles: Dosagem de Proteína seguindo breve modificações do método Bradford, Dosagem de LDH para verificar a integridade dos Sinaptossomas, e por fim, a Dosagem de Cálcio, que compreende no experimento que avalia tanto a integridade quanto a viabilidade destes elementos para assim testar a despolarização frente a KCl e Pilocarpina. A técnica de extração e purificação requer manter amostras e reagentes sob refrigeração, o que dificulta a execução. De extrema importância para a pesquisa no ramo da Neurociência, a técnica descrita, é complexa, requer treinamento e prática, tem custo elevado de execução, mas que obtêm excelente resultados. Com o presente trabalho podemos concluir que o entendimento de técnicas laboratoriais permite a melhor execução do mesmo, bem como melhores resultados e efetividade dos métodos.