Última alteração: 10-10-2018
Resumo
A barreira da pele é um elemento essencial para a sobrevivência, sendo composta por três camadas: epiderme (superficial), a derme (intermediária) e a hipoderme (profunda), capazes de protejer o corpo contra a perda de água, o atrito e os diferentes agente fisicos, químicos e biológicos. Queimaduras são caracterizadas por lesões cutâneas que podem ocorrer principalmente por agentes térmicos, químicos, elétricos e radioativos que causam lesões na pele, podendo atingir tanto as camadas superficiais como as mais profundas como músculos, tecidos subcutâneos e ossos. Os tratamentos podem ser variados dependendo da complexidade de cada caso, o processo de cura de uma lesão causada por queimadura pode contar desde cirurgias de enxerto de pele a procedimentos para a regeneração das cicatrizes, levando em consideração que o processo tende a evoluir de grandes sequelas infecciosas. A pesquisa teve como objetivo compreender a importância de tratamento para queimados, que foram apresentados o uso de correntes elétricas e o microagulhamento. Contribuindo na parte estética e levantando a autoestima, realizando uma pesquisa de revisão bibliográfica. Buscamos aprofundar o conhecimento em tratamentos de eletroestéticos e terapias manuais para melhorar as cicatrizes das queimaduras. Para tal, foram utilizados três artigos científicos buscado na banca de dados do Google Acadêmico e um livro. A busca foi realizada no mês de agosto de 2018. As queimaduras ocorrem por um trauma no tecido cutâneo, que pode ser causado por uma ação direta ou indireta do calor. Os tecidos que são lesionados provocam desnaturação proteica e morte celular nas diferentes estruturas orgânicas. As lesões de primeiro grau afetas apenas a epiderme, que apresenta eritema, dor e calor. O segundo grau consegue atingir um parte da derme, provocando a formação de bolhas. As queimaduras de terceiro grau envolvem todas as camadas da pele, nesta fase não sentem muita dor pelo fato do sistema nervoso estar comprometido. O uso das correntes elétricas no tratamento auxilia na cicatrização e também na melhora das funções motoras que foram obstruídas. As contrações geradas no local, pela corrente elétrica, aumenta a atividade muscular pelas propriedades morfológicas, bioquímicas e fisiológicas que por sua vez, aumentam a força da musculatura. O microagulhamento tem apresentado resultados satisfatórios para os tratamentos cicatriciais. Seu principal mecanismo de ação é a produção de colágeno, ele estimula o colágeno a se formar naquele tecido lesionado, consequentemente ajuda a reorganizar as fibras que estavam obstruídas, normalizando o aspecto de tecido. O processo do microagulhamento tem suas fases, começando pela primeira que ocorre a liberação de plaquetas e de neutrófilos que são responsáveis pela liberação de fatores de crescimento que agem sobre os queratinócitos e fibroblastos. A segunda fase, a cicatrização, onde ocorre a angiogenese epitelização e proliferação de fibroblastos, seguidas da produção de colágeno tipo III, elastina, glicosaminoglicanos e proteoglicanos. Na terceira fase, de maturação, o colágeno tipo III é substituído pelo colágeno tipo I. Há ainda uma melhora no mecanismo de comunicação celular e uma reorganização das fibras colágenas. Na pesquisa pode se concluir que existem inúmeros recursos, o uso das correntes elétricas e o microagulhamento mostrou que é possível um tratamento com resultados significativos que ajudam na produção de colágeno e consigo orienta as fibras de colágeno, assim tendo sucesso no tratamento e auxiliando a melhora da autoestima do paciente.
Palavras-chaves: Eletroterapia. Queimados. Tratamentos.
REFERÊNCIAS
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