Última alteração: 05-10-2018
Resumo
As bactérias da espécie Serratia, podem ser isoladas da água e do solo, assim como intestino de vários insetos e vertebrados, como o do homem, tendo estudos que confirmam que os hospedeiros dessas bactérias são plantas, animais e seres humanos. A transmissão deste gênero de bactérias ocorre por ingestão de alimentos contaminados, fomites e contato direto com a pessoa infectada, porém as taxas desse tipo de transmissão são desconhecidas. Sendo considerada uma bactéria oportunista, é associada à diversas infecções, principalmente nosocomiais. A espécie deste gênero mais comumente isolada é a Serratia marcescens, considerada também a mais importante e com elevada resistência a antimicrobianos. São patógenos oportunistas e responsáveis por diversas infecções. Pode ser encontrado nas fezes, exsudatos de feridas, espécime respiratório, sangue, cultura ocular e urina. Objetivo de apresentar a patogenicidade da bactéria da espécie Serratia spp, visto que a mesma vem se tornando uma das principais causadoras de infecções hospitalares. Realizada pesquisa em base de dados online, disponíveis em artigos científicos e sites, com os seguintes descritores: Serratia, Serratia marcescens, infecções nosocomiais. A espécie Serratia é responsável por várias infecções, incluindo bacteremia, pneumonia, infecções intravenosas pelo usos de cateteres, osteomielite endocardite e endoftalmite. Outras infecções, apesar de serem mais raras, podem acontecer, como otite externa, enterocolite, gastroenterite, artrite séptica e abscesso intraperitoneal. Também são frequentes os casos de infecções em neonatos, podendo incluir infecção na corrente sanguínea, conjuntivite, pneumonia, infecção do trato urinário e meningite. Além disso, o perfil de resistência desta espécie aos antimicrobianos, como Colistina, Cefalotina e Penicilinas de primeira geração, está tornando-se cada vez mais elevado, proporcionando um potencial de disseminação preocupante. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a Serratia spp. está classificada como grupo crítico, que inclui as bactérias com resistência à múltiplas drogas. Essa resistência pode estar também associada ao seu poder de sobrevivência fora do host habitual. A Serratia marcescens, por exemplo, sobrevive até cinco semanas em piso seco, justificando assim o fechamento de UTI’s quando há colorização desta bactéria. O tratamento consiste em receitar ao paciente antibióticos apropriados, evitando a super-resistência da bactéria. Entre eles, destaca-se os fármacos Aminoglicosídeos, Fluoroquinolonas e Co-trimaxazole, ressaltando o uso do teste Antimicrobiano, para testar o fármaco frente à cepa bacteriana. Através da pesquisa realizada, é notória a preocupação que se deve ter com as bactérias da espécie Serratia spp, visto que a mesma pode causar várias infecções, além de apresentar resistência à vários antimicrobianos, o que dificulta consideravelmente o êxito em casos de tratamento.