Última alteração: 10-10-2018
Resumo
Tungiase ou Bicho-de-pé é uma patologia ocasionada pela pulga Tunga Penetrans, que ao penetrar a pele de um indivíduo causa diversas complicações. Morfologicamente é a menor das pulgas, atingindo l mm de comprimento durante sua fase adulta. Em vista disso, o trabalho visa informar sobre a Tungiase e seu agente patogênico, para que leitor saiba como se prevenir, identificar e prosseguir caso ocorra a infecção. Contudo, para a elaboração do estudo, foram utilizadas referências em livros, artigos e base de dados como: Google Acadêmico e Scielo, utilizando as seguintes palavras-chaves: Tunga penetras, Parasitose e Pulga. Macho e a fêmea vivem como ectoparasitas na superfície da pele até que a fêmea seja fecundada, após isso ela invade a derme do hospedeiro e nutre-se do sangue e líquido tissular para desenvolver os seus ovos, onde, ela deixa uma abertura para o fora da derme, para que possa respirar e expeli-los. Os ovos liberados se transformam em pupas, que após duas semanas, chegam à fase adulta e vão ao encontro de outro hospedeiro. O diagnóstico da enfermidade é feito através da história epidemiológica em conjunto com os achados clínicos, assim com exame e a visualização do parasita após abertura da lesão com agulha estéril, permitem a confirmação. As ações preventivas indicadas contra a parasitose são a utilização de calçados fechados juntamente com a higienização do local onde o indivíduo reside. No Brasil a parasitose está presente do Norte ao Sul, obtendo mais incidência em áreas urbanas de baixo nível socioeconômico e em comunidades rurais e pesqueiras. A pulga preferencialmente habita locais com o solo arenoso e pouca luminosidade, devido a isso, medidas como cimentação de ruas, coleta de lixo e a colocação de piso nas residências, reduz o contato com o parasita. O controle e prevenção deve ser realizado também com animais domésticos através da vacinação, pois eles podem conter o parasita e transmitir a doença. Caso ocorra contato, a forma de tratamento utilizada consiste na remoção da pulga penetrada, com uma agulha esterilizada, e se ao decorrer houver uma infecção secundaria, há a aplicação de antibióticos tópicos. Dependendo da indicação médica, pode-se optar também pela aplicação do iodo, água com sal e da profilaxia antitetânica. Ressalta-se que além da utilização do instrumento correto e esterilizado, é muito importante que o procedimento seja realizado após a desinfecção e limpeza da pele em um lugar higienizado. Caso haja a precarização desses recursos, o procedimento pode causar mais danos ao paciente. Levando em consideração esses aspectos, conclui-se que a Tungiase está associada a situações de pobreza, e devido ao fato de ser uma doença pouco conhecida, o tratamento e as medidas de prevenção são precariamente viabilizadas para as comunidades, que na maioria das vezes acabam contraindo a parasitose por falta de informação e investimento.
Palavras-chave: Tunga Penetrans. Parasitose. Pulga.