Última alteração: 02-10-2018
Resumo
A pediculose é uma patologia contagiosa causada por um parasita, que é conhecida popularmente como infestação de piolhos. Acomete principalmente meninas, se manifestando mais na infância e geralmente na área do coro cabeludo, podendo se desenvolver em outras áreas como axilas, púbis, sobrancelha e cílios. Os piolhos vivem no exterior do hospedeiro, utilizando do sangue humano como sua fonte de nutrição, o que pode causar sensação de coceira e formigamento na região afetada. O objetivo do presente trabalho desenvolvido na disciplina de Imunologia e Parasitologia é apresentar as características etiológicas, patologias da pediculose e formas de prevenção. A metodologia utilizada para o desenvolvimento desta pesquisa foi por via bibliográfica com base de dados em livros de parasitologia e artigos de base de dados online: Scielo e Google Acadêmico. A pediculose é caracterizada pela infestação de três tipos de piolhos: Pediculus Humanus Capitis (piolho da cabeça), Pediculus Humanus Humanus (piolho do corpo) e Phthirus Púbis (piolho púbico). A infestação por esses parasitas não ocorrem necessariamente juntas, pois suas características são diferentes. Os parasitas da pediculose possuem características muito próprias: não possuem asas, possuem três pares de pernas com garras nos tarsos, a fêmea possui bifurcação na extremidade e o macho um arredondamento. O ciclo biológico é efetuado pelas fêmeas, as quais liberam seus ovos conhecidos como lêndeas, que se aderem aos cabelos e de sete a dez dias depois originam as ninfas que nove a doze dias passam para fase adulta; quando atingem essa fase, a maturação sexual é rápida, com cópula há reproduzir, recomeçando os ciclos. Os sintomas se caracterizam principalmente pela coceira, língua e máculas de cor azul acinzentada na virilha (pediculose pubiana), pálpebras vermelhas com base eritematosa (pediculose do corpo), aumento de pigmentação da pele e dermatites secundarias. O diagnóstico é realizado na observação dos parasitas na fase adulta e lêndeas, podendo ser visualizado no couro cabeludo, axilas, cílios, sobrancelhas e púbis, a quantidade de parasitas e locais será influenciado pelo grau de infestação. Depois de diagnosticado, inicia-se o tratamento com remoção mecânica, loções ou xampus, fármacos e por vezes corte dos cabelos. Há várias formas de prevenção em relação a esta patologia relacionadas com a higiene individual, a troca frequente e lavagem de roupas, lavar acessórios usados no cabelo, fronhas e lençóis, também é importante evitar compartilhar objetos de uso pessoal que podem conter esses parasitas. É necessário ficar alerta a quaisquer sintomas de coceiras e feridas especialmente na área da cabeça. O tratamento é simples e fácil para toda a população. Cabe destacar que este estudo ressalta os bons hábitos de higiene para manter-se protegido dessa patologia.
Palavras-chave: Lêndeas. Parasita. Pediculus Humanus, Pediculose. Piolho.
Referências:
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