Última alteração: 05-10-2018
Resumo
A doença de chagas também chamada de tripanossomíase americana, causada pelos protozoários do gênero Trypanosoma. A patologia pode se apresentar de forma aguda, crônica assintomática e crônica sintomática. Descrita em 1909 por Carlos Chagas. Doença de Chagas foi o nome dado em homenagem ao seu descobridor. É uma doença de contágio indireto pois precisa de um vetor, popularmente conhecido no Brasil como barbeiro ou chupão. O presente trabalho tem como objetivo descrever, o parasito e suas causas sobre a saúde humana. Trata-se de uma pesquisa descritora baseada em fatos e livros. Durante o seu ciclo de vida, o tripanosoma apresenta três formas morfológicas: amastigota, epimastigota e tripomastigota. É transmitida no ato de alimentação de seu vetor, após sugar a sangue de um indivíduo, o inseto defeca na pele, eliminando os protozoários colocando-os em contato com a pele ou alguma ferida que a vítima possua, os protozoários entram na pele e caem na corrente sanguínea. Podendo haver contaminação também através da transfusão de sangue, transplante de órgãos e durante a gravidez, onde a mãe passa o protozoário para o filho. Outro modo de transmissão é da ingestão de alimentos in natura com fezes ou seu vetor triturado (já há relatos de contaminação através de caldo de cana e do açaí). Quando presentes os sintomas surgem em 5 a 14 dias após a picada e de 30 a 40 dias para as infecções por transfusão sanguínea, a congênita em qualquer período da gestação ou durante o parto. As manifestações crônicas da doença só aparecem de 20 a 30 anos após a picada. Os sintomas são: febre constante, diarreia, vômito, dores de cabeça e musculares. Casos mais complicados podem evoluir com manifestações cardíacas, aumento do fígado e do baço (hepatoesplenomegalia). Também pode ocorrer um edema no local da penetração do parasito conhecida como chagoma. O diagnóstico é realizado pela detecção do parasito no sangue e pela presença de anticorpos no soro (imunofluorescencia indireta, hemaglutinação indireta e o teste de Elisa que detecta enzimas). O tratamento é feito pelo Sistema Único de Saúde, mas ainda não há garantia total eficiência do tratamento. Uma das formas de prevenção mais comum é de vedar frestas e buracos nas paredes, assim evita a formação de colônias do inseto dentro das residências. Recomenda-se uso de equipamentos de proteção individual tais como repelente, camisas de manga longa. Entre 2007 e 2016 foram registrados casos confirmados da doença de chagas na maioria dos estados brasileiros com uma média anual de 200 casos. Onde 95% casos se encontram na região Norte. Destes o estado do Pará é responsável por cerca de 85% dos casos. Em virtude dos fatos mencionados deduz-se que cuidados básicos devem ser adquiridos, um combate mais eficaz ao transmissor, uma divulgação mais ampla da doença, pois ela ainda afeta centenas de pessoas são elas as menos favorecidas que mais sofrem com essa doença.
Palavras chave: Parasita, infecção, Carlos Chagas.
Referencias:
Araujo-Jorge. Tania. Doença de chagas. Instituto Oswaldo Cruz. 2013.
Disponível em;<https://agencia.fiocruz.br/doença-de-chagas> Acesso em 26 de agosto de 2018.
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