Última alteração: 16-10-2019
Resumo
Sem dúvidas a hospitalização infantil é um fato considerado muito traumático tanto para a criança quanto para seus pais e ou responsáveis. Punções venosas e tentativas falhas, mudanças bruscas de rotina, excesso de medicações, medo de piora do quadro clínico, traumas passados, são fatos que tornam a hospitalização infantil algo tão apavorante para pais e filhos. A submissão da criança a procedimentos médicos e de enfermagem trazem consigo medo, insegurança e desespero e cabe aos profissionais dos setores pediátricos dos hospitais e demais serviços de saúde o manejo destas situações. Muitos profissionais optam por criar momentos lúdicos com as crianças hospitalizadas para que elas possam sentir-se mais tranqüilas e à vontade, desprendendo-se um pouco do medo e da insegurança, criando uma relação de confiança e interação com a equipe que lhe presta assistência. O objetivo deste é discorrer acerca da importância dos momentos lúdicos na hospitalização em setores pediátricos. Foi realizada uma pesquisa nas bases de dados com artigos científicos que abordassem o tema, no período de 2016 a 2019. Segundo (Caleffi, et.al. 2016) a ansiedade e o medo durante os procedimentos aos quais as crianças são submetidas durante a hospitalização, fazem com que elas respondam com muito desconforto emocional que geram ações de regressão, apatia, rebeldia e privação do sono. O brincar é uma atividade própria da infância e está relacionada com o desenvolvimento motor, emocional, mental e social da criança, agindo como forma de adaptação, de lidar com realidade e como meio de manutenção e recuperação da saúde. No hospital funciona como instrumento facilitador na integralidade da atenção, na aceitação do tratamento, no estabelecimento da comunicação, na manutenção dos direitos da criança e na (re)significação da doença. (Caleffi, et.al. 2016). Os momentos lúdicos durante a internação em pediatria, quando bem aplicados, dão grande auxilio no processo de enfrentamento da criança à hospitalização e os medos que este período traz aos pais e a criança. Brincadeiras educativas, jogos desafiadores, filmes e vídeos, atividades de estimulação do raciocínio e desenhos para colorir são bons exemplos de atividades que podem e devem ser elaboradas e entrar na rotina dos setores pediátricos para que possam ser aplicados junto às crianças, dando-lhes maior conforto neste processo tão complicado que é a hospitalização.