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MERCADO ACIONÁRIO
Cleiton Felipe Savoldi, Gabriel Gomes Batalha, Laércio Alan Weber, Rhuan Di Domenico Oliveira, Idalei Teresinha Hoffmann

Última alteração: 09-10-2019

Resumo


 

MERCADO ACIONÁRIO

Cleiton Felipe Savoldi1

Gabriel Gomes Batalha 2

Laércio Alan Weber3

Rhuan Di Domenico Oliveira4

Idalei Teresinha Hoffmann5

 

Resumo

 

As ações representam uma porcentagem do capital social de uma empresa. Ao comprar uma ação o investidor passa a correr os riscos deste negócio, mas também participa dos lucros e prejuízos como qualquer outro empresário. Assim, através de pesquisas bibliográficas e em recursos eletrônicos, a supracitada pesquisa teve como objetivo buscar conhecimentos no mercado acionário. É uma modalidade de investimento a médio e longo prazo e seus rendimentos são muito superiores e significativos ao ser comparado com outras formas de investimentos. Assim, contatou-se que é uma modalidade que atraem investidores com perfil mais arrojado, pois assumem riscos para obter a maior lucratividade possível.

 

Palavras-chave: Investimentos. Organizações. Oportunidades.

 

 

INTRODUÇÃO

 

O mercado de ações proporciona valorização e reconhecimento às empresas, além de aumento dos lucros, de acordo com BARROS (1971) “A longo prazo seu rendimento supera muito o de qualquer título de dívida; e as ações são tipicamente investimentos de longo prazo”, e é uma forma de investimento que vem se tornando cada vez mais popular entre os investidores, dessa forma auxiliando no desenvolvimento da economia do país. O assunto proposto neste trabalho teve como objetivo conhecer o mercado de ações, suas vantagens e desvantagens.

 

 

1  Aluno do curso de graduação de administração

2  Aluno do curso de graduação de administração

3  Aluno do curso de graduação de administração

4  Aluno do curso de graduação de administração

5  Professor do curso de graduação de administração – Idalei.hoffmann@ulbra.com

METODOLOGIA

 

Pesquisa, baseada no estudo da crescente valorização do mercado de ações no Brasil, possui apoio de leituras bibliográficas de artigos e de livros, dos autores Barros (1971), Cavalcante; Francisco, Misumi, Jorge Yoshio, Rudge, Luiz Fernando (2005) Fabio; Coelho, (2008), Armando Mellagi Filho, Ishikawa; Sergio (2007) Oliveira; Miguel Delmar Barbosa (1980), Pinheiro; Juliano Lima (2009).

 

RESULTADOS E DISCUSSÃO

 

Segundo Oliveira (1980), ações são títulos que simbolizam partes do capital social de uma sociedade anônima. Quando alguém adquire uma ação da organização, se torna acionista e um dos donos da mesma, por isso, elas são consideradas títulos de propriedades e são representadas por um certificado que dá ao seu proprietário o direito de participar no controle, bens, lucros e obrigações da empresa. Este certificado pode ser vendido para terceiros. Há tipos de ações que, conforme Mellagi Filho e Ishikawa (2007), são denominadas ordinárias e preferenciais.

As ações ordinárias dão direito a voto nas assembleias gerais de acionistas, nas quais são aprovados o balanço patrimonial e demonstração do resultado do exercício e, nas assembleias gerais extraordinárias, em que são tomadas decisões que incidem efeitos sobre todos os acionistas como venda de imóvel, aquisição de outra empresa, emissão de novas ações...

As ações preferenciais não dão direito a voto, no entanto tem prioridade no recebimento dos dividendos e no reembolso do capital, caso haja dissolução da sociedade. Contudo, há três casos em que esses acionistas preferenciais têm direito a voto: quando a organização passa três anos consecutivos sem pagar os dividendos a eles, quando os títulos são conversíveis em ações ordinárias e quando elas tem direito a voto por estipulação dos próprios estatutos da organização.

‘’Ações de fruição são as atribuídas ao acionista cuja ação ordinária ou preferencial foi inteiramente amortizada’’(COELHO, 2008, p. 104).

O parágrafo §2.º do art. 44 da LSA conceitua amortização:

 

A amortização consiste na distribuição aos acionistas, a título de antecipação e sem redução do capital social, de quantias que lhes poderiam tocar em caso de liquidação da companhia. Com a amortização de ações ordinárias ou preferenciais, mediante pagamento de seus valores respectivos, poderão ser emitidas ações de fruição, que têm o condão de resguardar ao sócio o direito de participar dos lucros, de fiscalizar a sociedade, de preferência na subscrição de novas ações (COELHO, 2008, p. 104).

 

O artigo 109 da LSA54, em seus incisos destaca que:

 

Art. 109. Nem o estatuto social nem a assembleia-geral poderão privar o acionista dos direitos de: I - participar dos lucros sociais; II - participar do acervo da companhia, em caso de liquidação; III - fiscalizar, na forma prevista nesta Lei, a gestão dos negócios sociais; IV - preferência para a subscrição de ações, partes beneficiárias conversíveis em ações, debêntures conversíveis em ações e bônus de subscrição, observado o disposto nos artigos 171 e 172; V - retirar-se da sociedade nos casos previstos nesta Lei.

 

“O valor dos dividendos depende do resultado de cada companhia, assim como de sua política de distribuição de lucros; por isso, as ações são consideradas um produto de renda variável”. (PINHEIRO, 2009).

 

As Bolsas de Valores são associações civis, sem fins lucrativos. Seu patrimônio é representado por títulos patrimoniais, que pertencem às sociedades corretoras membros. Possuem autonomia financeira, patrimonial e administrativa, mas estão sujeitas à supervisão da Comissão de Valores Mobiliários e obedecem as diretrizes e políticas emanadas do Conselho Monetário Nacional. (OLIVEIRA, 1980, p. 112)

 

O investidor que deseja comprar ações deve procurar um especialista no assunto, um corretor de valores e\ou uma sociedade corretora. Após um diálogo, uma análise criteriosa, e a escolha das ações, o investidor solicita ao corretor que compre as ações no pregão da Bolsa. A instituição corretora é quem realiza a intermediação entre os investidores, a Bolsa não compra e vende nada, ela proporciona liquidez aos investimentos em ações, segundo Oliveira (1980).

De acordo com Cavalcante et.al. (2005), existem três maneiras de negociação de ações com a Bovespa:

 

  • · Viva Voz: neste tipo são negociadas apenas ações de maior liquidez, os representantes das corretoras apregoam suas ofertas especificando nome da empresa, o tipo, quantidade e preço de compra ou venda da ação.
  • · Pregão Eletrônico – MEGA BOLSA: é o sistema de negociação eletrônico implantado pela Bovespa em 1977, ele gerencia as negociações realizadas pelas intermediárias atuantes, no Pregão de Viva Voz e dos terminais remotos, operados diretamente dos escritórios. A oferta de compra ou venda é feita por terminais de computador e o fechamento dos negócios é realizado automaticamente por eles. Foi feito especialmente devido ao crescimento do mercado acionário e à globalização.
  • · After-Market: através dele, foi ampliado o horário do pregão eletrônico que passou a ser até às 22 horas, sendo antes até as 18 horas. Para garantir a segurança foram criadas algumas regras como: negociar as ações pelo sistema MEGA BOLSA, apenas no mercado à vista, somente ações com base de preço estabelecida no pregão diurno, às ordens dos investidores não podem ultrapassar 100 mil reais, o preço das ordens de compra e venda só podem variar 2% em relação ao fechamento no horário normal, a cada 15 minutos a Bovespa controla o limite de cada corretora, os negócios realizados são agrupados em dois segmentos para fins de limite máximo.

 

No que concerne aos riscos é imprescindível considerar que qualquer investimento gera riscos, quem compra ações também corre riscos, tais como: os negócios da organização emissora não estejam tão bem; o mercado de ações entre numa fase recessiva; o preço das ações esteja em queda apesar do mercado e da empresa estarem bem. No entanto, apesar dos riscos, as percas podem ser mínimas nesse mercado. Dois fatores determinam a incidência de riscos: a eficiência do mercado e a disposição do investidor (OLIVEIRA, 1980).

A pessoa cujo interesse incide em investir em ações deve ficar atenta aos negócios da organização, tudo que acontece nos pregões é amplamente divulgado, o sistema de informações das Bolsas é muito eficaz, minimizando riscos de fraudes ou erros de registro. “Mas, não existe mercado no mundo no qual não haja risco. O segredo é aprender a conviver com ele, desde que sua intensidade seja razoável.” (OLIVEIRA, 1980).

Dentre as vantagens das ações, destaca-se que na compra de ações no mercado tradicional de ações, o padrão mais comum de compra é um lote de 100 ações. Porém, no mercado fracionário é possível se comprar lotes menores, mesmo que as cotações sejam diferentes do mercado principal. No entanto, tanto para os grandes quanto para os pequenos investidores, é preciso ter um plano de crescimento dos investimentos, o que se torna possível diversificando os ativos para reduzir os riscos e melhorar o desempenho. Uma das grandes vantagens de se investir em ações é a possibilidade de trabalhar em casa. Inúmeras pessoas se especializam nessa área e se tornam investidores profissionais. (CAVALCANTE, 2005)

Outra vantagem é que mesmo começando com poucos ativos e com riscos menores, é possível aumentar o portfólio de ações e a exposição no mercado conforme a experiência e a rentabilidade forem melhorando. Além de utilizar as estratégias de compra e venda, pode-se faturar um dinheiro extra com os dividendos pagos periodicamente por diversos ativos. Ou seja, não há limites para os ganhos, tendo em vista as diversas fontes e investimentos que podem ser realizados. Além disso, a diversidade de investimentos pode fazer com que uma perda seja compensada por um ganho ainda maior. (COELHO, 2008)

 

CONCLUSÕES OU CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

O lucro é o intuito principal de toda atividade econômica. Os investidores demandam recursos por meio da compra de ações. Essa transação pode ser executada dentro do mercado de valores mobiliários, que compreendem as bolsas de valores e os mercados de balcão, ou fora dele. A compra de ações faz do investidor um acionista da companhia. Essa condição lhe dá direito à percepção de dividendos.

Dentro da atual conjuntura especulativa que se vive nos dias de hoje, conclui-se que, o mercado de ações do Brasil é formado por empresas de capital aberto, que emitem suas ações ao público; pelas sociedades corretoras que fazem a negociação das ações nas Bolsas de Valores para os investidores; pela Bolsa de Valores, que é o local de negociação das ações, onde elas podem ser encontradas; pelos investidores, pois sem eles este mercado não funciona e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), é uma entidade regulamentadora que assegura o funcionamento eficiente do mercado, onde são registradas as ofertas de ações, seu objetivo maior é que a empresa disponha ao público informações suficientes para que eles decidam se as ações da empresa são ou não uma boa opção de investimento. Baseado no estudo podemos afirmar que o mercado acionário é uma engrenagem fundamental da economia, pois empresas com grande potencial de crescimento capitalizam recursos de terceiros, e fazem o reinvestimento para acelerar sua expansão, fazendo assim uma espécie de ganha-ganha entre os sócios e a própria empresa.

 

 

REFERÊNCIAS

 

BARROS, Benedicto Ferri de. Mercado de capitais e ABC de Investimentos. 4ª edição. São Paulo: Editora Atlas, 1971.

 

CAVALCANTE, Francisco; MISUMI, Jorge Yoshio; RUDGE, Luiz Fernando. Mercado de capitais: o que é, como funciona. 6ª edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.

 

COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Comercial, vol. II. São Paulo: Editora Saraiva. 11.ª Edição. 2008.

 

MELLAGI FILHO, Armando & ISHIKAWA, Sergio. Mercado financeiro e de capitais. 2ª edição. São Paulo: Editora Atlas, 2007.

 

OLIVEIRA, Miguel Delmar Barbosa de. Introdução ao mercado de ações. 2ª edição. São Paulo: São Paulo Indústria Gráfica e Editora S/A, 1980.

 

PINHEIRO, Juliano Lima. Mercado de capitais: fundamentos e técnicas. 6ª edição. São Paulo: Editora Atlas, 2009. Sobre a Bolsa. Disponível em , acessado em 15/04/2012.