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ELETROTERAPIA NO TRATAMENTO DE FOLICULITE
Graziela Behm, Juliane Andreia Motter, Luana Marodin, Rafaela Bagattini, Anielle de Vargas

Última alteração: 20-10-2019

Resumo


A foliculite é uma infecção causada pela bactéria denominado Estafilococos aureus em folículos pilosos. Podemos classificá-la como superficial e profunda. As causas da foliculite envolvem lesões físicas, agentes químicos e infecções sendo os locais acometidos com maior frequência: axilas, região glútea, pernas, regiões depiladas por lâminas ou por cera e também a vestimenta do paciente acometido. O objetivo do presente trabalho foi pesquisar sobre tratamentos eletroterápicos que visam a melhora dos quadros de foliculite. Para isso, realizou-se uma pesquisa de cunho bibliográfico, buscando explicitar os melhores tratamentos em estética. A coleta de dados aconteceu no mês de agosto de 2019, através de artigos em meio eletrônico e livros na biblioteca Martinho Lutero da Universidade Luterana do Brasil - ULBRA Carazinho, baseando-se nas palavras-chave: Estafilococos aureus, eletroestética e eletroterapia. Os tratamentos da foliculite englobam várias terapêuticas em eletroterapia, dentre elas: alta frequência, Ligh emitting diode (LED), Luz intensa pulsada (LIP) e o laser de baixa potência. Quando falamos em foliculite precisamos entender que a epilação fundamenta-se na retirada dos pelos desde o folículo piloso, causando sua remoção completa e temporária. Já a depilação envolve a retirada de pelos próximos a pele. As duas práticas são determinantes nos quadros de foliculite, podendo aumentar ou diminuir a quantidade de tecido lesado. A alta frequência tem ação bactericida, fungicida e oxigenante, pois ocorre a liberação de ozônio que causa a eliminação de bactérias, diminui a proliferação das mesmas e promove oxigenação tecidual. Além disso, é indicada para associação em protocolos de epilação e depilação, que favorece a cicatrização de pelos já desencravados evitando que bactérias adentrem o folículo recém depilado causando nova inflamação. O Lasers de baixa potência e fontes de luz induzem dano seletivo aos folículos pilosos e seu mecanismo segue o princípio da fototermólise seletiva. Esse princípio prediz que ocorrerá dano térmico seletivo de uma estrutura-alvo pigmentada quando é aplicada a luz com fluência suficiente em um comprimento de onda específico. A epilação por laser possui um único comprimento de onda. Assim, quanto maior o comprimento de onda, mais profundo ele agirá nos tecidos. Como a melanina só é encontrada no bulbo piloso na sua fase anágena o laser será eficaz quando alcançar a estrutura do bulbo com uma potência específica, produzindo temperatura média de 60 °C. Há quatro mecanismos pelos quais a luz pode destruir o folículo piloso: fototérmico, fotopneumático, fotoacústico e fotoquímico. A LIP é uma técnica efetiva visto a interação biológica entre a luz e os tecidos, no qual a absorção da energia realizada resulta em uma conversão da luz em calor.  Os efeitos são: fototérmicos, fotoquímico e fototermólise seletiva. Por causar fotoepilação, diminuir a quantidade de pelos e agir na sua raiz, a LIP faz com que os folículos pilosos não sofram nenhum tipo de ação bactericida. Já o LED Azul atinge a epiderme e atua como bactericida e fungicida. Na sua aplicação destacam-se: fotoacelerar a polimerização em materiais restauradores, degradar pigmentos na pele e atuar no controle microbiano. A fotomodulação do LED possui um efeito anti-inflamatório reduzindo assim o eritema. Ao finalizar o estudo, foi possível a verificação da disponibilidade de tratamentos eletroestéticos para a foliculite, o que perfaz mais uma possibilidade de atuação do Esteticista e Csometólogo. Entretanto, é essencial o conhecimento da patologia e dos equipamentos propostos quanto ao uso no tratamento indicado, sendo de suma importância definir o melhor método para o sucesso da abordagem terapêutica, enfatizando sempre as contraindicações e algum possível efeito adverso na aplicação das condutas em eletroestética.