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TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO EM PROFISSIONAIS DA SAÚDE
Última alteração: 14-10-2019
Resumo
O TOC é um transtorno mental caracterizado por obsessões, medos e inseguranças. As obsessões são pensamentos impulsivos ou imagens indesejáveis e involuntárias que invadem a consciência causando acentuada ansiedade ou desconforto e obrigando o individuo a executar rituais ou compulsões que são atos físicos ou mentais idealizados em respostas ás obsessões com atenção de afastar ameaças. É uma doença da qual a indicação de sua etiologia até o momento não foi realmente especificada, pode-se tornar crônica e se manifesta de modo desigual em cada indivíduo, o que pode acabar dificultando e atrapalhando a ocorrência dos seus sintomas e, resultando na impossibilidade desvendar o seu diagnóstico. Os profissionais de saúde em sua grande maioria são acometidos pelo transtorno, gerando grande desordem na vida cotidiana, atrapalhando sua atuação na área. O TOC necessita de constante avaliação médica e por vezes é recomendado o uso de medicação para amenizar os sintomas. O objetivo deste é discorrer a respeito do Transtorno Obsessivo Compulsivo manifestado em profissionais da área da saúde. Foi realizado uma pesquisa bibliográfica em artigos das bases de dados Scielo entre os anos 2000 e 2019 que contemplam as palavras chaves deste estudo. O Transtorno Obsessivo Compulsivo define-se como eventos mentais, pensamentos, impulsos e imagens, vivenciados como intrusivos e incômodos, atingindo 40% dos profissionais da saúde, enquadrando na maioria profissionais da enfermagem, os mesmos buscam perfeição nas atividades desenvolvidas, além de situações em que o exagero por ambientes higienizados estão em alta. As obsessões geram um produto oriundo de medos, preocupações, memórias, imagens, músicas ou cenas. O TOC trata-se ainda de um transtorno subdiagnosticado e subtratado, muitas vezes secreto, pois vários portadores ocultam ao máximo seus sintomas e demoram muito tempo para procurar e obter tratamento adequado. No momento em que o distúrbio se estabelece acaba sendo uma doença intensamente aprisionadora, capaz de fazer com que a pessoa institua inúmeras concepções trágicas e estímulos apreensivos pela procura de uma não efetivação destas concepções, levando muitos profissionais ao suicídio devido ao aprisionamento de suas emoções evidenciados pelo relato de que ele está apto para praticar o cuidado, e jamais na condição de adoecer. Só que esta é uma procura sem desfecho, visto que quanto mais a pessoa tem estes pensamentos e condutas, mais eles tendem a progredir, o que constitui a inquietação e uma grande aflição psicossocial. Dessa forma, a perspectiva pela busca de um diagnóstico preciso é de fundamental importância para a o esclarecimento da gravidade do quadro da doença, sendo diferente em cada portador em que, a curiosidade e consciência crítica de compreender a sua sintomatologia possibilita que a evolução dos casos não seja constante em um âmbito geral, no qual, a falta de entendimento e detalhamento de cada condição patológica podem resultar em condições crônicas, e tendo os profissionais mais dificuldade em reconhecer e identificar as características, causando o retardamento do tratamento, por vezes ocasiona o afastamento do trabalho deste profissional e posterior isolamento social.