Última alteração: 24-10-2019
Resumo
Ginecomastia, corresponde a cirurgia plástica realizada em razão ao aumento do tamanho da glândula mamária masculina, o qual pode ser patológico ou fisiológico. É vista como uma massa firme e elástica, situada atrás e ao redor do complexo aréolo-mamilar. Essa alteração ocorre devido ao aparecimento de ramificações secundárias dos ductos e hiperplasia estromal e deve ser diferenciada do aumento de volume causado pelo acúmulo de gordura denominado lipomastia. Está relacionada com alteração ao equilíbrio entre hormônios andrógenos e estrógenos. A ginecomastia afeta tanto fisicamente e patologicamente, mas principalmente o psicológico do paciente sendo que 38% são jovens. O objetivo do presente trabalho foi pesquisar acerca da cirurgia ginecomastia e procedimentos pós operatório imediato. Realizou-se pesquisa de cunho bibliográfico, para tal, foi levantado apanhado literário no mês de agosto e setembro de 2019 através de artigos em meio eletrônico, com base nas palavras-chave: ginecomastia, mamas, pós operatório. Foram resgatados dois livros e três artigos em revistas científicas. O diagnóstico da ginecomastia é realizado através de avaliação clínica focando nos seguintes pontos, idade do paciente, presença e sinais da disfunção e também de doenças associadas a insuficiência renal, hepática, hipotireoidismo, entre outras. O aumento pode ser tanto fisiológico como patológico, de modo que, a maioria dos casos patológicos requerem abordagens cirúrgicas, sendo elas a reconstrução do contorno masculino do tórax. A ressecção de tecido glandular pode ser por via direta, periareolar ou transareolar, com ou sem lipoaspiração, é das alternativas cirúrgicas mais comuns. O objetivo da das técnicas cirúrgicas são a redução do abaulamento na região peitoral, eliminação da prega inframamária, posicionamento correto do complexo aréolo mamilar, sempre prezando por deixar a cicatriz com a aparência mais natural possível, desde que o paciente também tenha uma boa cicatrização. Além de uma boa escolha da técnica cirúrgica adequada, torna-se necessária a realização de pós-operatório (PO) visando à recuperação do paciente. É evidente nesses procedimentos a utilização da técnica manual de drenagem linfática, devendo ser iniciado o mais cedo possível, devido à destruição dos vasos linfáticos causados pelo ato cirúrgico, causando dor, edema e diminuição da sensibilidade cutânea. Assim, a drenagem linfática manual deve ser respeitada quanto ao ritmo lento, com movimentos leves e suaves, com a direção respeitada de acordo com a incisão cirúrgica para os linfonodos mais próximos de forma proximal para distal e distal para proximal. Quando realizada no P.O imediato promove melhora significativa no quadro álgico e desconforto, devido à diminuição da congestão tecidual, pelo auxílio na penetração do líquido excedente nos capilares sanguíneos e linfáticos intactos da região adjacente à lesão. Ao término do estudo verificamos que, o desenvolvimento mamário anômalo, como a ginecomastia, ainda que apenas transitório e apesar de não ser doença maligna, deve ser avaliado, pois pode causar importante morbidade psicológica. É fundamental avaliação criteriosa para determinar a escolha da melhor conduta, pós operatória, contudo a drenagem linfática manual é de extrema importância, devendo ser realizada por profissional qualificado, sendo decisiva para o sucesso da abordagem cirúrgica terapêutica.