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INFLUÊNCIA DOS CUIDADOS DIÁRIOS NAS PATOLOGIAS DO COURO CABELUDO
Luana Marodin, Diana Bringhenti dos Santos, Thais Cristina Schio

Última alteração: 11-10-2019

Resumo



INFLUÊNCIA DOS CUIDADOS DIÁRIOS NAS PATOLOGIAS DO COURO CABELUDO


Diana Bringhenti dos Santos¹

Luana Marodin²

Thais Cristina Schio³

Jéssica Mandeli - ulbrajessica@gmail.com4




O couro cabeludo é o tecido que reveste o crânio. Essa região de tecido epitelial além de ser mais fina e maleável, tem grande ramificação de vasos sanguíneos. O couro cabeludo tem o mesmo tipo de estrutura da pele e desempenha vários papéis: barreira física, proteção imunológica, isolante térmico. Existem várias patologias acerca desta região, algumas mais raras e outras mais rotineiras. As mais comuns são dermatite seborreica ou caspa, alopecia androgenética ou calvície, eflúvios ou quedas e a oleosidade. Em alguns casos as patologias são decorrentes de herança genética, com isso elas não podem ser totalmente evitadas, mas sim controladas. O objetivo do presente trabalho foi identificar as patologias presentes no couro cabeludo e a influência que os cuidados diários tem sobre as anomalias. Com base neste assunto realizamos um questionário, com perguntas de fácil acesso sobre hábitos rotineiros. Aplicamos em 36 alunas, do sexo feminino, entre 18 e 36 anos,  acadêmicas da área da saúde, com o objetivo de analisarmos quais as patologias mais frequentes das avaliadas e quais os cuidados que tomam com o couro cabeludo. Na pesquisa referida, analisou-se que 63,8% das acadêmicas lavam o cabelo de 3 a 4 vezes na semana; 88,8% já realizaram, ou realizam pelo menos um procedimento químico; 55,5% aplica o shampoo 2 vezes em uma lavagem; as patologias destacadas foram: 19,4% caspa, 33,3% queda, 5,5% seborréia e 8,1% mais de uma patologia associada; 55,5% das avaliadas, lavam seus cabelos com água em temperatura elevada; e referente a queda de cabelo de acordo com as estações, 38,8% percebe aumento de queda no inverno e 30,5% no verão. Notamos que uma porcentagem relevante dos indivíduos apresentam  dermatite seborreica, também conhecida como caspa. É uma doença crônica, causada por pequenas esfoliações, vermelhidão e coceira. A causa da caspa está diretamente relacionada com as glândulas sebáceas, isso porque o aumento do sebo cria um ambiente favorável para o crescimento e desenvolvimento do fungo pytrosporium ovale. Ele se alimenta dos restos de pele e tem preferência por regiões mais oleosas. Esse fungo vive normalmente no couro cabeludo, porém a causa da inflamação não está relacionada a presença do fungo e sim na forma com a qual o sistema imunológico de cada pessoa combate sua proliferação, levando em consideração os hábitos de higiene pessoal, pois alteram todo o processo imunológico do corpo humano. Estando diretamente ligada com a caspa e a queda, a oleosidade é uma produção exacerbada da glândula sebácea,  que resulta em uma aparência engordurada e suja. A produção do sebo é andrógeno-dependente, e é estimulado por alterações hormonais, uso de medicamentos e principalmente o stress. Coceira, queda de cabelo e inflamação local, podem estar associada a uma reação adversa da psoríase. Muito parecida com a dermatite seborreica grave, a psoríase também apresenta manchas vermelhas e descamação, é uma doença inflamatória e autoimune. É decorrente de uma predisposição genética e pode agravar pelo estresse, clima frio (já que o sol atua como efeito anti-inflamatório nas lesões) e imunidade baixa. Apresenta placas brancas ou escamas aderidas ao couro cabeludo, o que podem se assemelhar a uma dermatite seborreica mais grave. Percebemos também uma grande queixa referente a queda de cabelo. A queda, por sua vez, é um procedimento que acontece naturalmente por decorrência do ciclo do pelo, é considerado normal  perder até cem fios de cabelo por dia. Porém quando associada a outra patologia, ela pode agravar. Fatores como a falta de vitaminas no corpo, as alterações hormonais, a utilização frequente de secadores e chapinha, traumas emocionais (como o estresse e ansiedade),  medicamentos, interferem e agregam na aceleração da queda do fio. Ao término deste trabalho esclarecemos que as as anomalias citadas estão associadas aos maus cuidados diários. Para que haja um bom resultado no tratamento destas patologias, fatores como  fazer lavagens de acordo com o necessário, utilizar produtos adequados para o seu tipo de cabelo e/ou anomalia, diminuir o uso de chapéus e bonés, não coçar o couro cabeludo com as unhas (para não aumentar a irritação), evitar alimentos gordurosos, se for necessário o uso oral de reposição vitamínica e evitar banhos com temperaturas elevadas; são de suma importância. Assim como laser fracionado, luz infravermelha e microagulhamento, também tem grande eficácia em tratamentos capilares.


Palavras-chave: Couro cabeludo. Dermatite seborréica. Queda. Oleosidade.



REFERÊNCIAS


TECNOLOGIA EDUCACIONAL LTDA, PORTAL DA EDUCAÇÃO. Anatomia e fisiologia

capilar. Anatomia e fisiologia capilar, São Paulo, SP, 2011. < https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/conteudo/anatomia/51888>  acesso em 25 de agosto de 2019.


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BOSCHETI, Marieli; CRISTINA, Suelen; KRUGER, Denise. Avaliação da eficácia de um tratamento capilar no controle da oleosidade do couro cabeludo: Uma relação de tempo x lavagens. Universidade do Vale do Itajaí p. 31, .  < http://siaibib01.univali.br/pdf/Mariele%20Boschetti,%20Suelen%20Cristina%20Appi.pdf > acesso em 09 de setembro de 2019.


C. VIEIRA, Threicy; MACHADO, Camila; KRUGER, Denise. Disfunções do couro cabeludo. Uma abordagem sobre a caspa e dermatite seborreica, Universidade do Vale do Itajaí, p. 1/12, 2008. <http://siaibib01.univali.br/pdf/Threicy%20Vieira%20e%20Camila%20Machado.pdf.>

acesso em 09 de setembro de 2019.


GOMES, Amanda. Doenças Capilares. O que é a dermatite seborreica e como tratar essa doença capilar, [S. l.], 2018.< https://dermatologiacapilar.med.br/page/3/.> acesso em 09 de setembro de 2019.