Última alteração: 15-10-2019
Resumo
Palavras-chave: Ácidos. Envenenamento. Saneantes.
Os chamados domissanitários são produtos de higiene ou desinfecção de ambiente coletivo ou público que apresentam, na sua composição em geral, substâncias causticas, como ocorre em antissépticos (fenol), em detergentes (cloreto de benzalcônio) e desodorizantes (ácido fórmico). Estes produtos são de acesso fácil e comum, pois são comercializados em qualquer estabelecimento comercial com autorização, e podem causar sérios danos ao ser humano. Este trabalho tem por objetivo relatar o número de casos de intoxicação por domissanitários no Brasil. Trata-se de um estudo do tipo revisão bibliográfica, desenvolvido no período de agosto a setembro de 2019. Foi realizada uma pesquisa nas bases de dados Google Scholar, Scielo e PubMed, utilizando os seguintes termos: “Intoxicação por domissanitários”, “comércio de domissanitários”, “exposição à domissanitários”. Foram utilizados artigos em português e datados a partir de 2010. Em 2010, a Rede Nacional de Centros de Informação e Assistência Toxicológica (RENACIAT) registrou 86.700 casos de intoxicação humana e os domissanitários responderam por 12,47% dos casos, representando o terceiro grupo mais registrado com relação às notificações. O Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINITOX) informa ainda que os três principais agentes causadores de intoxicações em seres humanos no Brasil desde 1986 são medicamentos (28,3%), animais peçonhentos/venenosos (22%) e os domissanitários (8,7%). Através deste estudo, constatou-se possíveis problemas no que se refere à disponibilização e utilização dos domissanitários. A promoção e demonstração deste assunto devem ser levados ao público junto a exposição dos produtos, para que leigos e usuários destes tenham acesso às informações de toxicidade e métodos corretos de utilização e descarte.
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