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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS GESTANTES PORTADORAS DE SÍFILIS NA REGIÃO NORTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.
Fabrício Adriano Dill Guimarães, Andréia Moraes da Rosa, Anelise Schell Almeida

Última alteração: 26-10-2020

Resumo


PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS GESTANTES PORTADORAS DE SÍFILIS NA REGIÃO NORTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.

Andréia Moraes da Rosa[1]

Fabrício Adriano Dill Guimarães1

Anelise Schell Almeida[2]

RESUMO

Conceituamos a sífilis como uma doença aguda e/ou crônica causada pela bactéria treponema pallium, que não cresce em meios de cultura usado nos laboratórios de análises, caracterizada clinicamente por uma lesão primária, uma erupção secundária, envolvendo a pele e as membranas mucosas, longos períodos de latência e lesões tardias da pele, ossos, vísceras e sistema nervoso central e sistema cardiovascular. Através deste estudo, objetivamos compreender dados da vigilância epidemiológica, em gestantes em determinado período, no ano de 2017 no município de Carazinho localizado na região norte do RS. A metodologia utilizada para a construção deste resumo foi através de pesquisa bibliográfica e levantamento de dados em bases do Ministério da Saúde DATASUS, no mês de setembro de 2020. Foram utilizados os seguintes descritores: Gestante, Sífilis, Epidemiologia. A infecção fetal ocorre com alta frequência nas infecções precoces, não tratadas previamente e, com menor frequência, posteriormente na latência. Frequentemente é a causa de aborto ou da ocorrência de natimorto, podendo causar a morte do lactente devido ao parto prematuro de lactentes de baixo peso de nascimento, ou pela doença sistêmica generalizada, todos esses fatores tem impacto direto na saúde pública de determinada região com índices de mortalidade infantil. A sífilis congênita pode ser assintomática, especialmente nas primeiras semanas de vida do RN. Pode ocorrer pelo contato direto com exsudato infecciosos de lesões obvias ou ocultas, úmidas, precoces da pele e das membranas mucosas das pessoas infectadas durante o contato sexual. A infecção transplacentária do feto ocorre durante a gestação de uma mulher infectada. Também pode ser transmitida através de transfusões sanguíneas, se o doador estiver nos estágios iniciais da doença. Os casos de notificação de sífilis no geral em toda região norte do RS em 2017 foi de 349 casos. Casos notificados de gestantes com sífilis em Carazinho no ano de 2017 foram de 13 casos, dados equivalente a 0,02% da população total da cidade tendo como critério a população total de Carazinho sendo 59.317 habitantes, de acordo com o último Censo do IBGE (2010). Sobre as faixas etárias 15 a 19 anos ocorrência de 4 casos, e entre 20 a 39 anos 9 casos; na raça branca a incidência foi de 12 casos e negra 1 caso. A prevenção da contaminação é através do uso de preservativos nas relações sexuais e os testes de sífilis pode ser realizada através de testes gratuitos em toda rede pública de saúde, compreendemos que pode ocorrer casos de subnotificação em determinadas regiões. Porém observamos conforme os dados coletados que todos os casos receberam tratamento, sem notificação de óbitos ou mortes fetal ou infantil no determinado período. É de competência do profissional enfermeiro informar sobre a transmissão da sífilis, com olhar ainda atento as gestantes, que precisam muito da orientação e cuidado dos profissionais para não colocar mais uma vida em risco, podendo levar sequelas para uma vida toda. E o melhor disto tudo, sífilis tem cura e o tratamento é gratuito pelo SUS e eficaz, precisamos ser os agentes transmissores das informações que fazem a diferença na vida das pessoas, em especial das gestantes em um período tão especial de suas vidas.

Palavras - Chave: Gestante. Sífilis. Epidemiologia.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Indicadores de saúde. Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sinannet/cnv/sifilisgestanters.def. Acesso em: 25 set. 2020.

BRASIL. Ministério da Saúde. Sífilis Em Gestante - Casos Confirmados Notificados No Sistema De Informação De Agravos De Notificação - Rio Grande Do Sul. Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sinannet/cnv/sifilisgestanters.def. Acesso em: 25 set. 2020.

PADOVANI, Camila; OLIVEIRA, Rosana Rosseto; PELLOSO, Sandra Marisa. Sífilis na gestação: associação das características maternas e perinatais em região do sul do Brasil. Rev. Latino-Am. Enfermagem, vol.26.  Ribeirão Preto: 2018. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rlae/v26/pt_0104-1169-rlae-26-e3019.pdf. Acesso em: 24 set. 2020

CONCEICAO, Hayla Nunes da; CAMARA, Joseneide Teixeira; PEREIRA, Beatriz Mourão. Análise epidemiológica e espacial dos casos de sífilis gestacional e congênita. Saúde debate,  Rio de Janeiro ,  v. 43, n. 123, p. 1145-1158,  Oct.  2019 .   Disponível em:  <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-11042019000401145&lng=en&nrm=iso>. Acesso em:  27 Set.  2020.


[1] Discente do curso de Enfermagem-  Universidade Luterana do Brasil – ULBRA, Campus Carazinho/RS.

[2] Orientadora - Docente do curso de Enfermagem – Universidade Luterana do Brasil – ULBRA, Campus Carazinho/RS. E-mail: anelise.almeida@ulbra.br