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MECANISMO DA MULTIRRESISTÊNCIA BACTERIANA HÁ FAGOS E FÁRMACOS
Camila Luísa Thiel, Manassés Alcantara Loureiro, Victor Henrique Souza Quariniri, Alexandre Ehrhardt

Última alteração: 29-10-2020

Resumo


As bactérias tem relação direta com os mais variados organismos, sendo indispensáveis para o equilíbrio dos ecossistemas. Habitam a vida animal e vegetal, muitas vezes sendo benéficas através da colonização das mucosas, da pele e da cavidade gastrointestinal. No entanto, as bactérias com capacidade patogênica sempre desafiaram a comunidade de saúde, que busca formas de tratar suas patologias. Com a descoberta da penicilina, em 1928, por Alexander Fleming, acreditou-se ter encontrado uma forma de erradicar estes microrganismos. Contudo, seu uso indiscriminado, principalmente devido a Segunda Guerra Mundial, logo provou que muitas bactérias tinham a capacidade de tornaram-se resistentes a antibióticos. O presente resumo tem finalidade de esclarecer fatores do mecanismo da multirresistência bacteriana de forma técnica, sendo realizada um pesquisa de revisão bibliografia criteriosa pra obtenção dos dados utilizando plataformas de pesquisa, Scielo, Google Scholar, Capes Periódicos. A adaptação bacteriana é possibilitada por três mecanismos distintos, o primeiro seria por transdução, que é o processo de adaptação pela captação de fragmentos de DNA do meio extrínseco que é proveniente do resultado da lise de outra bactéria, mas este DNA circulante deve estar ligado a seu ácido desoxirribonucleico (ADN), pois é ele que irá permitir a integração deste fragmento a bactéria hospedeira, o valor de nucleotídeos que o ADN deve possuir para que ocorra a integração é de no mínimo 500, este processo irá fazer com que o DNA se adapte ao DNA bacteriano e promova a transformação por meio de seu histórico, alterando os nucleotídeos para que a bactéria hospedeira produza proteínas que irão defende-la da patologia anterior. O segundo mecanismo está ligado ao ciclo lítico, iniciado pela invasão de bacteriófagos que buscam a bactéria como um hospedeiro para se reproduzir, neste ciclo o ADN bacteriano é fragmentado e ele pode se ligar a sequência viral do bacteriófago fazendo com que assim quando a célula bacteriana for destruída e estes bacteriófagos se lançarem ao meio extrínseco em busca de outra célula bacteriana hospedeira esse ADN que foi transportado da bactéria anterior irá se ligar ao ADN da nova bactéria hospedeira possuindo o mecanismo e o histórico viral, fazendo que com isso a bactéria se adapte e interrompa o ciclo lítico destruindo os bacteriófagos invasores. O terceiro mecanismo é transferência de genes por conjugação, ou seja, ocorre quando duas bactérias iguais ou de diferentes espécies entram em contato direto, fazendo com que o processo de troca de genes seja iniciado por meio da transferência de plasmídeos envolvidos com ADN de uma célula para outra, quando o plasmídeo entra no meio intrínseco da bactéria hospedeira faz com que se inicie o processo de compartilhamento do seu histórico, assim novamente adaptando e modificando as defesas da bactéria. Esses mecanismos podem alterar as suas estruturas assim tendo como resultado deixar as suas bombas de fluxo mais seletivas, já que elas permitem a entrada de materiais extracelulares, podemos citar a adaptação de sua membrana externa que poderá se tornar mais impermeável, a capacidade de produzir enzimas que irão inativar os antibióticos. Por isso, é de suma importância diminuir a prática da automedicação e seguir rigidamente as orientações médicas para que assim essa adaptação não seja facilitada e por consequência os fármacos desenvolvidos possam ter uma vida de atuação mais longa e útil.