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AVALIAÇÃO DE CONTAMINAÇÃO AMBIENTAL DO HOSPITAL VETERINÁRIO DA ULBRA – CANOAS/RS
Priscila Teixeira Ferreira, Amanda Pereira Duarte, Celso Pianta, Cristina Zaffari Grecelle

Última alteração: 12-11-2020

Resumo


A avaliação microbiológica sistemática em ambientes de saúde é fundamental para controlar os riscos de infecções, pois animais atendidos em clínicas e hospitais veterinários, mesmo quando não apresentam sinais específicos de doença, podem ser considerados transmissores de agentes e/ou enfermidades. Diante da importância de se manter um ambiente hospitalar livre de patógenos, objetivou-se avaliar o nível de contaminação microbiana em setores de clínica e cirurgia de pequenos animais do Hospital Veterinário da Universidade Luterana do Brasil. As análises foram realizadas pelo Laboratório de Microbiologia da mesma instituição. Para a avaliação da contaminação ambiental foram distribuídas placas de ágar sangue, MacConkey e Sabouraud (Kasvi®), nas seguintes salas: bloco cirúrgico não contaminado (BN), bloco cirúrgico contaminado (BC), bloco cirúrgico de aula (BA), consultório (CO) e tratamento (TR). As placas foram dispostas a 100 cm do chão e mantidas abertas por 15 minutos. Posteriormente, as placas de ágar sangue e MacConkey foram incubadas em estufa microbiológica a 35°C (± 2°C) por 24 a 48 horas e o ágar Sabouraud a 20ºC por sete a dez dias. Além disso, amostras das mesas do consultório (MCO) e do tratamento (MTR) e dos colchões dos blocos cirúrgicos não contaminado (CBN) e contaminado (CBC) foram coletadas com suabes estéreis, previamente umedecidos em solução fisiológica. A inoculação foi efetuada nos meios de cultivo já citados através de semeadura por esgotamento e as placas foram incubadas como mencionado anteriormente com relação às condições de tempo e temperatura. Por fim, o suabe foi conservado em caldo infusão cérebro coração (BHI) para repique de amostras sem crescimento bacteriano após a incubação. As amostras com crescimento bacteriano foram submetidas à coloração de Gram e às provas bioquímicas: catalase (peróxido de hidrogênio 30%), coagulase (plasma liofilizado de coelho; Newprov®), teste indol sulfeto motilidade (Kasvi®), entre outras. Para fungos filamentosos, utilizou-se a coloração de azul de lactofenol e, para leveduriformes, a coloração de Gram. As amostras foram coletadas no HV-ULBRA no dia 25 de agosto de 2020. Quatro amostras não apresentaram crescimento na cultura bacteriana (BN, BC, MTR e CBC) e cinco amostras na cultura micológica (BN, MCO, MTR, CBN e CBC). Todas as amostras com crescimento bacteriano apresentaram Staphylococcus coagulase negativo (56%; 5/9). Concomitantemente, foram identificadas colônias de Bacillus sp. (22%, 2/9) nas amostras BA, CO e MCO; e de Klebsiella sp. e Escherichia coli (ambas 11%) na amostra TR. Os gêneros de fungos filamentosos encontrados foram: Cladosporium sp. (CO e TR), Mucor sp. (BA) e Penicillium sp. (TR). Três colônias de fungo filamentoso não foram identificadas (BC, CO e TR). Conclui-se que é importante elaborar protocolos de limpeza e higienização do ambiente hospitalar e monitorar a sua realização a fim de promover um ambiente menos propício ao surgimento de contaminações.

Palavras-chave: controle ambiental, microbiologia, bacteriologia, micologia.


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