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DETERMINAÇÃO DE PARÂMETROS HEMATOLÓGICOS EM COELHOS DOMÉSTICOS (Oryctolagus cuniculus)
Jessica Laux, Kimberli de Oliveira Duarte, Luize Brenner, Elisandro Oliveira dos Santos, Mariangela da Costa Allgayer

Última alteração: 12-11-2020

Resumo


A criação de animais domésticos não-convencionais vem crescendo a cada dia, especialmente de coelhos e roedores. Os coelhos são animais dóceis, fáceis de cuidar e despendem pouco trabalho, por esse motivo, a determinação dos valores hematológicos normais se torna indispensável para melhor conhecer a espécie e interpretar as alterações observadas na rotina clínica. Este estudo teve como objetivo determinar o perfil hematológico de coelhos domésticos para o Laboratório de Patologia Clínica do Hospital Veterinário (HV) da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Realizou-se a coleta de 32 animais (21 fêmeas e 11 machos), das raças Mini Lop, Mini Lion Head, Netherland Dwarf, Fuzzy Lop, Jersey Wooly, Siames Esmoquin, Teddy Dwerg e sem raça definida. Os animais do estudo eram oriundos de tutores atendidos na rotina do HV-ULBRA, além de criações comerciais com objetivo de venda para manutenção como animal de estimação. As análises hematológicas foram realizadas através de contador hematológico (Roche® PocH-100iV Diff), sendo determinado o hematócrito, número total de eritrócitos, concentração de hemoglobina, volume globular médio (VCM), concentração de hemoglobina globular média (CHCM), RDW e número total de leucócitos. O diferencial leucocitário e número de plaquetas foram realizados por microscopia óptica. As proteínas plasmáticas totais (PPT) foram mensuradas através de refratometria, assim como o fibrinogênio, após precipitação por aquecimento em banho-maria na temperatura de 56°C por três minutos. A análise estatística foi realizada através do programa Statistical Analysis System, utilizando o teste t de Student. Os valores encontrados em machos e fêmeas foram, respectivamente: Eritrócitos (x106 μL) 6,49 ±0,57 e 5,87± 0,68; hemoglobina (g/dL) 11,51 ±1,11 e 10,23 ±0,99; hematócrito (%)  47,11 ±3,48 e 43,4 ±3,72; VCM (fL) 72,7 ±2,53 e 74,43 ±3,54; CHCM (g/dL) 24,4 ±0,76 e 23,58 ±0,73; RDW (%) 15,47 ±2,71 e 15,44 ±2,19; plaquetas (x10³ μL) 469.900 ±102.018 e 419.523 ±109.281; PPT (g/dL) 7,38 ±0,59 e 6,94 ±0,62; fibrinogênio (mg/dL) 160 ±184 e 152 ±125; leucócitos totais (μL) 8.750 ±2.059 e 8.028 ±2.661; heterófilos (μL) 2.594 ±1.149 e 3.061 ±1.607; eosinófilos (μL) 178 ±200 e 177 ±174; linfócitos (μL) 5.314 ±1.846 e 4.375 ±1.954; monócitos (μL) 468 ±461 e 395 ±355; basófilos (μL) 13,4 ±28 e 7,76 ±25. Os valores obtidos neste trabalho não condizem, de forma geral, com os intervalos observados em literatura, apenas mostrando-se próximos. Desta forma, é de extrema importância estabelecer valores de referência regionais, que reflitam os parâmetros hematológicos normais de coelhos mantidos nas condições do Rio Grande do Sul.

Palavras-chaves: Lagomorfo; eritrograma; leucograma; plaquetas

 


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