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A crescente exploração dos recursos naturais decorrentes da expansão urbana tem sido geradora de prejuízos ambientais relevantes na contemporaneidade, com a Educação Ambiental ganhando importância como um dos recursos para o enfrentamento desse problema visando uma melhor qualidade de vida e a preservação das espécies que coabitam o planeta conosco. Uma das possibilidades de abordar o assunto consiste na construção de práticas educativas com indicadores socioambientais que possibilitem aos estudantes a compreensão das grandes questões que atingem o seu entorno, em especial no que se refere ao saneamento básico e os seus âmbitos: abastecimento de água, o esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos e drenagem urbana. Corroboram essas premissas as habilidades oriundas da Base Nacional Comum Curricular de 2018, entre elas, “os alunos devem agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, [...] com base em princípios sustentáveis e solidários”, sendo o objetivo do presente estudo trabalhar com a percepção ambiental dos alunos de meio urbano sobre o saneamento básico. A abordagem utilizada foi a Pesquisa com Métodos Mistos, integrando componentes qualitativos com quantitativos obtidos com práticas de exposição dialogada e aplicação de questionários com os estudantes. Participaram 147 alunos de quatro escolas do município de Canoas e 84 alunos de uma escola estadual de Alvorada, no estado do Rio Grande do Sul. Dados parciais indicam que, nas quatro escolas de Canoas, assim como em Alvorada, os itens que apresentaram escore médio mais baixo foram drenagem urbana e resíduos sólidos. O item com melhor avaliação foi o abastecimento de água, seguido do esgotamento sanitário. Esses dados quantitativos estão sendo articulados com as concepções a respeito do tema oriundas dos dados qualitativos visando compreender de forma mais precisa o olhar dos estudantes e da comunidade em geral a respeito desse crucial componente da vida urbana.