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RELAÇÕES NUMÉRICAS E A PARALISIA CEREBRAL: UM ESTUDO DE CASO
José Filipe De Quadros Nunes, Marlise Geller

Última alteração: 08-11-2021

Resumo


A pesquisa objetivou investigar como se constituem as relações numéricas de uma estudante com paralisia cerebral espática, considerando conceitos matemáticos iniciais, esquemas protoquantitativos[1] e situações-problema envolvendo o conceito de número. A investigação, oriunda de uma dissertação de mestrado[2], foi desenvolvida na linha de pesquisa Educação Inclusiva em Ensino de Ciências e Matemática no PPGECIM da ULBRA, contemplando um estudo de caso[3]. A pesquisa teve duração de um ano, acompanhando a estudante ao final do 5º ano e, em parte, do 6º ano do Ensino Fundamental. Foram desenvolvidas observações, entrevistas semiestruturadas com profissionais da escola e responsáveis, além de intervenções pedagógicas. Tais intervenções voltaram-se à construção do conceito de número, classificação e quantificação. A partir de uma análise descritiva interpretativa[4], constatou-se que a estudante demonstra maior envolvimento nas atividades com materiais concretos de seu interesse pessoal. Com os esquemas protoquantitativos, observou-se que a estudante relacionava com mais segurança à representação do número por meio dos dedos das mãos. Destaca-se que foi fundamental conhecer o universo da estudante para organizar um planejamento de acordo com sua realidade. Entende-se ser necessário um aprofundamento nas pesquisas em relação à paralisia cerebral no contexto educacional, de forma a contribuir com os profissionais da educação para acolher a diversidade e trabalhar de forma mais efetiva o processo de inclusão.


[1] RESNICK, L.B.; et al. From protoquantities to number sense. Psychology of Mathematics Education Conference. México, jul. 1990. Disponível em:  https://www.academia.edu/34488554/From_Protoquantities_to_Number_Sense. Acesso em: 10 ago. 2019.

[2] NUNES, J.F.Q. Reflexões sobre as relações numéricas na perspectiva de uma estudante com paralisia cerebral. Dissertação (mestrado) – Universidade Luterana do Brasil, Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática, Canoas, 2021. Disponível em: http://www.ppgecim.ulbra.br/teses/index.php/ppgecim/article/view/376/0. Acesso em: 01 out. 2021.

[3] YIN, R.K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 3.ed. Porto Alegre: 2005.

[4] ROSENTHAL, G. Pesquisa social interpretativa: uma introdução. 5. ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2014.

 

 


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