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DEGENERAÇÃO MIXOMATOSA DA VALVA MITRAL EM CANINO -RELATO DE CASO
Juliana Trevisan Casarin, Clarissa Braz Tariga, Laura Martins Cezimbra, João Sérgio Coussirat de Azevedo

Última alteração: 08-11-2021

Resumo


Devido à evolução das especialidades na medicina veterinária, associada ao desenvolvimento de técnicas de auxílio ao diagnóstico e da oferta de fármacos de uso veterinário pela indústria farmacêutica, pôde-se observar o aumento da perspectiva e qualidade de vida dos animais de estimação nos últimos anos. Supõe-se que aproximadamente 10% da população canina apresenta algum tipo de cardiopatia e que 75% delas correspondam a Doença Mixomatosa da Valva Mitral (DMVM). Em 2019, foi realizado o primeiro estudo demonstrando uma predisposição genética para DMVM em cães da raça maltês. Objetivou-se neste trabalho descrever a apresentação clínica e conduta terapêutica em um animal com DMVM. Relata-se o caso de um canino, da raça maltês, macho, de setes anos de idade e sem doenças e/ou tratamentos prévios. Apresentou dispneia aos esforços com episódios de tosse. A tosse e a intolerância ao exercício podem ser vistas em pacientes sintomáticos de DMVM.Foi solicitado ecocardiografia a qual confirmou a suspeita dessa cardiopatia. A ecocardiografia é considerada o exame padrão-ouro para esse diagnóstico, por permitir quantificar as dimensões das câmaras cardíacas, e assim, monitorar e avaliar a necessidade de terapêutica medicamentosa, fornecendo um prognóstico em curto e longo prazo.Com isso, foi iniciada a conduta terapêutica com pimobendan 0,25 mg/kg, BID. A DMVM deve ser tratada de forma a aumentar a qualidade e expectativa de vida por meio da administração de fármacos específicos para o estadiamento dos sinais clínicos, uma vez que há repercussões hemodinâmicas e comprometimento sistêmicos diferentes para cada fase da doença. O pimobendan atua diminuindo a pressão atrial esquerda em pacientes com regurgitação mitral, tornando-se eficaz no controle da DMVM e possíveis complicações. Após duas semanas realizando o tratamento proposto, pôde-se evidenciar sinais de melhora como diminuição da dispneia e dos episódios de tosse. Todavia, por essa cardiopatia não oferecer cura, torna-se necessário o acompanhamento periódico pelo médico veterinário para que se possa adequar o tratamento às necessidades clínicas do paciente.

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