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ACHADOS ULTRASSONOGRÁFICOS E RADIOGRÁFICOS DE OBSTRUÇÃO GÁSTRICA EM COELHO DOMÉSTICO (Oryctolagus cuniculus)
Izabela de Paula Pereira, Isabel Wetzel, Elisandro Santos, Gisele Stein, Fabiane Prusch

Última alteração: 08-11-2021

Resumo


Os coelhos são animais comumente atendidos na rotina clínica de animais não convencionais,
sendo as afecções gastrointestinais motivos comuns da procura por atendimento (1). O objetivo
do trabalho é descrever as alterações ultrassonográficas e radiográficas de obstrução gástrica
em uma coelha com histórico de constipação. Foi atendido no Hospital Veterinário da ULBRA
uma coelha, fêmea, de um ano de idade, da raça Lionhead, para avaliação para
ovariosalpingohisterectomia eletiva. O animal apresentava-se clinicamente bem, sem alterações
ao exame físico e exames laboratoriais, portanto foi encaminhado à cirurgia. Após o
procedimento e alta do paciente, a tutora relatou hiporexia e prostração, além da possibilidade
de ingestão de porções do curativo pós-cirúrgico. Assim, foram realizadas radiografias
abdominais nas projeções laterolateral direita, dorsoventral e ultrassonografia (US) abdominal
do paciente. Ao exame radiográfico, observou-se conteúdo gástrico radiopaco associado a
grande dilatação do ceco por gás. Em US abdominal, foi detectado grande quantidade de
conteúdo formador de sombra acústica posterior e espessamento parietal (0,22cm) e alças
intestinais com grande quantidade de gás. O tratamento clínico do paciente foi instituído
associado a controle radiográfico e ultrassonográfico. Devido a impossibilidade de retorno
anterior pela tutora, os exames foram repetidos após quatro dias, nos quais a única alteração
observada em comparação com os estudos anteriores foi maior distensão do ceco por gás, além
da piora no quadro clínico e ausência de defecação. Foi optado pela internação do paciente,
seguida de gastrotomia por falta de resposta ao tratamento clínico em internação. Na cirurgia
foi retirado do estômago grande quantidade de pelos e fragmentos do curativo ingerido
obstruindo a porção pilórica. Os tricobezoares são comuns em coelhos sobretudo em raças de
pelo longo (2) como o presente caso. No caso relatado, é possível inferir que o animal já possuía
tricobezoares de forma assintomática, percebendo-se manifestações clínicas após o
procedimento cirúrgico e ingestão de parte do curativo. Dessa forma os tricobezoares devem
ser inseridos nos diagnósticos diferenciais para obstrução do trato gastrointestinal de coelhos.


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