Portal de Eventos da ULBRA., XXIII FÓRUM DE PESQUISA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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DERMATOFILOSE BOVINA: RELATO DE CASO.
Laura Martins Cezimbra, Marisa Pereira Oliveira, Renata dos Santos Flores, Celso Pianta

Última alteração: 29-10-2023

Resumo


Dermatophilus congolensis é um actinomiceto Gram-positivo, filamentoso e ramificado, é incomum por produzir zoósporos móveis em forma de cocos, que se desenvolvem em filamentos conferindo uma aparência semelhante a um “trilho de bonde” na microscopia. Anteriormente a doença era conhecida como podridão da chuva, escaldadura da chuva, estreptotricose e dermatite micótica. A dermatofilose afeta animais, principalmente bovinos, e raramente humanos. Os surtos de infecção por D. congolensis têm graves implicações econômicas na pecuária e indústria do couro. Embora D. congolensis tenha distribuição mundial, a dermatofilose é mais prevalente em regiões tropicais e subtropicais. Esses microrganismos podem estar presentes na pele de animais clinicamente saudáveis, principalmente em áreas endêmicas e embora afete animais de todas as idades, é mais frequente e severa em jovens. Os zoósporos inativos podem ativar-se quando os níveis de temperatura e umidade são favoráveis. Traumas e umidade persistentes podem favorecer a ativação e invasão dos zoósporos na epiderme do hospedeiro, causando uma dermatite exsudativa caracterizada por muitos neutrófilos que possibilitam a formação de microabscessos na epiderme. O diagnóstico baseia-se nas características clínicas da lesão, ocorrência em áreas endêmicas, detecção do agente em exame direto das crostas e amostras de pele, isolamento da bactéria e histopatologia. O tratamento é fundamentado na administração de antimicrobianos à base de oxitetraciclina. As medidas de controle variam conforme o clima e condições de manejo da propriedade, como fornecimento de abrigo, pastagens limpas, controle de ectoparasitas e isolamento dos indivíduos clinicamente afetados. O objetivo deste trabalho foi relatar um caso de um bovino de dois meses, sem raça definida, que apresentava uma dermatite eritematosa e exsudativa. Após coletar material das crostas das lesões foi possível visualizar os zoósporos e os arranjos típicos que esses actinomicetos assumem microscópicamente. Após terapia com penicilina o animal apresentou significativa evolução clínica com a regressão das lesões.



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