Portal de Eventos da ULBRA., XXIII FÓRUM DE PESQUISA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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LEVANTAMENTO DE AGENTES ETIOLÓGICOS DE OTITES EM CÃES E GATOS ATENDIDOS NO HV ULBRA ENTRE 2022 E 2023.
Laura Martins Cezimbra, Elaine Teresinha Bueno Stadtlander, Celso Pianta

Última alteração: 29-10-2023

Resumo


A otite canina representa uma doença relevante na clínica veterinária, em felinos a incidência pode variar entre 2% a 10% dos casos atendidos, sendo considerada uma afecção menos comum nessa espécie, no entanto o isolamento e identificação dos agentes etiológicos, detectados pelo exame microbiológico, aliado ao exame clínico, tornam-se necessários para que o médico veterinário estabeleça o tratamento eficaz. Essa enfermidade pode ser causada por uma ampla variedade de agentes bacterianos e fúngicos. As bactérias, tanto Gram-positivas quanto Gram-negativas, da microbiota natural da pele do ouvido dos animais são relatadas como os microrganismos mais frequentemente envolvidos na infecção, que não é de difícil tratamento, desde que seja diagnosticada corretamente e tratada conforme os microrganismos isolados. Todavia, muitos veterinários não têm a prática de solicitar a cultura e antibiograma antes do tratamento, com isso esses microrganismos podem incorrer em casos de otite crônica com cepas multirresistentes de difícil resolução. Além disso, já foi comprovado que o contato íntimo dos animais de companhia com o ser humano pode transmitir cepas da sua microbiota para o homem. O objetivo deste estudo foi listar e enumerar os agentes etiológicos das otites externas em cães e gatos atendidos no hospital veterinário da Ulbra entre 2022 e 2023. A partir dos registros do laboratório de microbiologia e laudos de exames realizados, foi realizado um levantamento dos achados microbiológicos de otocultura de cães atendidos no HV Ulbra, localizado na cidade de Canoas, Rio Grande do Sul. Observou-se que 52,2% das otites teve como agente etiológico a levedura Malassezia spp. seguida por Staphylococcus spp. coagulase negativa (18,2%), Staphylococcus spp. coagulase positiva (9,4%), Pseudomonas aeruginosa (7,9%), Proteus spp. (4,9%), Escherichia coli (4,4%), Serratia spp. (1,0%) e, representando os restantes 2% dos casos, Burkholderia cepacia, Corynebacterium spp. Enterococcus spp. e Streptococcus spp. Os achados foram semelhantes aos relatos da literatura consultada.



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