Portal de Eventos da ULBRA., XXIII FÓRUM DE PESQUISA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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QUALIDADE DE VIDA EM ESTUDANTES DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Jéssica Helen da Silva Vieira, Mirian Raquel Fachinetto, Raissa Telesca Arrial Cordeiro, Margareth da Silva Oliveira, Aline Groff Vivian, Fernanda Pasquoto de Souza

Última alteração: 27-10-2023

Resumo


A adolescência é um período de transição entre a infância e a fase adulta onde ocorrem mudanças desenvolvimentais, tanto nos aspectos físicos quanto cognitivos, psicológicos, emocionais, comportamentais. Estas mudanças podem assumir diferentes formas de acordo com o contexto social, cultural e socioeconômico que os jovens vivem, impactando na percepção sobre sua qualidade de vida. O objetivo do presente trabalho é traçar o perfil sociodemográfico dos estudantes de escolas privadas do RS, observando de que forma o contexto em que eles estão inseridos influencia na percepção da qualidade de vida. Ele está delineado como um estudo quantitativo transversal, de caráter observacional e prospectivo. A amostra foi composta por 99 estudantes do ensino fundamental e médio, com média de idade de 14,4 (± 1,9) anos. Foram aplicados um questionário de dados sociodemográficos, baseado nos critérios de classificação econômica brasileiro da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa e o Youth Quality of Life Instrument-Research (YQOL-R). A predominância de participantes foi do sexo masculino (53,5%), cor branca (77,8%), solteiros (99%) e com ensino fundamental incompleto (46,5%). Do total de estudantes, 26,3% possuem alguém da família com doença física e/ou mental e 42,4% deles já realizaram tratamento em saúde mental. As condições mais prevalentes são ansiedade (8,1%) e depressão (5,1%). Os estudantes que possuem alguém da família com doença física e/ou mental apresentaram escores significativamente menores em praticamente todos os domínios, exceto no Ambiental. Também aqueles que já realizaram tratamento em saúde mental apresentaram escores significativamente mais baixos nos domínios Pessoal, Relacional e Geral. A partir dos resultados obtidos, observa-se correlação entre indícios de presença de transtornos mentais e o baixo escore no índice de qualidade de vida dos jovens estudantes. Também aqueles que já realizaram tratamento em saúde mental apresentaram escores significativamente mais baixos nos mesmos domínios (Pessoal, Relacional e Geral). Vários autores concordam que a qualidade de vida relacionada a saúde é um constructo multidimensional e bem documentada em adultos, mas comescassa produção voltada para o público adolescente.


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