Portal de Eventos da ULBRA., XII FÓRUM DE PESQUISA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA (Canoas)

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O que as pessoas pensam sobre saúde?
Gehysa Guimarães Alves, Denise Ganzo Aerts, Marla Fernanda Kuhn, Hugo Marazini, Camila de Assis Galan, Leonardo Leal, Rafael Balbinot, Elisa Girardi Hipollito, Stephanie Jauquin Abreu, Sheila Camara, Lilian Palazzo, Marcos Machado

Última alteração: 05-12-2012

Resumo


A saúde/doença formam um processo dinâmico, estabelecido em função de vários determinantes, dentre eles, valores e sentimentos expressos pelo corpo que adoece. Ouvir esse corpo é estratégia para assegurar uma saúde de qualidade. Ao ouvi-lo, é possível identificar quando não está bem, organizando estratégias de bem viver que se reflitam numa vida mais saudável. Em função de ser processo dinâmico, relacionado à qualidade de vida, é importante saber o que os indivíduos pensam sobre esse tema para organizar ações que possam auxiliá-los a realizarem escolhas mais saudáveis de vida. Assim, o objetivo deste estudo é conhecer a percepção de saúde de indivíduos moradores de cidades de médio e grande porte. Para tanto, foi realizado um estudo qualitativo, com delineamento de série de caso. Foram selecionados, aleatoriamente, 214 sujeitos com 15 ou mais anos, em locais públicos de cidades de médio e grande porte no Rio Grande do Sul. Esses foram entrevistados com o auxílio de um instrumento que continha dados referentes às características demográficas dos sujeitos e perguntas abertas referentes à sua percepção sobre o que é saúde e felicidade. Neste trabalho, está sendo abordado, exclusivamente, a temática da saúde. Os dados demográficos foram digitados em planilha Excel e as respostas das perguntas abertas, em arquivo Word. A pesquisa está no controle de qualidade da digitação, sendo os resultados de caráter preliminar. Para fins deste trabalho, os dados quantitativos foram analisados com o auxílio do software Epi-Info e os dados qualitativos estão sendo trabalhados com a técnica de análise de conteúdo temática. A idade dos sujeitos entrevistados variou de 20 a 88 anos, com média de 47,18 anos. A maioria (82,8%) se declarou de cor branca, do sexo feminino (73,4%) e pertencia a classe econômica B (46,7%) na ABEP. Em relação à saúde, referiram a importância do acesso à atenção à saúde de qualidade, salientando questões como: consultas médicas, acesso a exames e à medicação. Também referiram a importância de não sentirem dor, de terem acompanhamento continuado e de participarem de grupos para a troca de informações. Salientaram a atividade física e a alimentação como determinantes fundamentais da saúde, além da qualidade do sono. As boas relações familiares, rede de apoio saudável, autonomia, conhecimento sobre si próprio, saúde emocional, vitalidade, tranqüilidade, paz e felicidade foram questões referidas em relação ao ser saudável. Por último, referiram as questões financeiras e familiares como fundamentais para a saúde. Ainda não é possível apresentar as conclusões do estudo, uma vez que a análise dos dados está apenas iniciando. Porém, observa-se que um grande número dos entrevistados vincula sua saúde a fatores como viver bem a vida, tendo tranqüilidade para enfrentar as adversidades, aproveitando o que a vida lhes oferece e mantendo relações interpessoais harmoniosas.