Portal de Eventos da ULBRA., XII FÓRUM DE PESQUISA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA (Canoas)

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A Peste Branca invade o Rio Grande do Sul
Thaís Bender Cardoso

Última alteração: 25-10-2012

Resumo


Este trabalho é um recorte de um projeto maior apresentado como trabalho de conclusão de curso. Diversas doenças infecciosas que causaram grande impacto na humanidade foram tratadas com muito preconceito o que dificultou o trabalho dos cientistas que tentavam identificar seus causadores e o tratamento adequado para evitar as epidemias. Mitos, rejeição, descrença são problemas que enfrentamos ao conviver com doenças como: tuberculose, cólera, lepra, malária, AIDS, que apesar de serem, na maioria das vezes, doenças antigas  em que a forma de contaminação, o causador e até o tratamento já são conhecidos, ainda nos assustam. A 24 de Março de 1882, Robert Koch descobriu o microorganismo responsável pela tuberculose, que posteriormente viria a ser batizado de bacilo de Koch. Embora o bacilo tenha sido identificado no século XIX, só no século posterior é que viria a ser descoberto um microrganismo capaz de resistir e prevenir a doença. Em 1913, Albert Calmette e Camile Guerin identificaram o BCG (abreviatura de bacilo de Calmette e Guerin), dando um importante passo para a prevenção da tuberculose, foi usado pela primeira vez em humanos em 1921 na França, em 1815, um em cada quatro mortes na Inglaterra foi de consumo; por volta de 1918 um em cada seis mortes na França ainda era causada pela Tuberculose. Até 1946 com o desenvolvimento do antibiótico estreptomicina é que o tratamento eficaz e a cura tornou-se possível. Antes da introdução desta droga, o único tratamento além de sanatórios foram intervenções cirúrgicas, incluindo o pneumotórax ou técnica plombage - o colapso de um pulmão infectado para "descansar" e permitir a cicatrização das lesões - uma técnica que era de pouco benefício, e foi principalmente descontinuado na década de 1950. A espera que a doença pudesse ser completamente eliminada foram frustradas desde o surgimento de cepas resistentes em 1980. A tuberculose, antigamente chamada de peste branca, causava um grande número de mortes nos séculos passados. Cinco décadas depois de encontrada a cura para a doença, a tuberculose ainda mata mais pessoas do que qualquer outro germe isolado. Essa situação mostra com clareza a relação entre condições de saúde e as condições sociais de uma população. Atualmente, com a padronização do tratamento da doença, com a qual se esperava o controle da enfermidade, vieram à tona discussões antigas tais como o modo mais eficaz de combater as falhas do tratamento da tuberculose. Atualmente, com os avanços científicos e tecnológicos nesta área, aliados à existência de uma vacina e de um tratamento eficaz, tornou-se possível controlar a doença. No entanto, a tuberculose continua a ser um problema grave a nível mundial, matando cerca de 3 milhões de pessoas a cada ano. Segundo a Organização Mundial da Saúde, os investigadores têm registrado taxas altas de casos multiresistentes nos países de leste e também na China. Segundo o relatório apresentado pela organização, há cerca de 2 bilhões de pessoas infectadas em todo o mundo e nenhum país está seguro, devido às movimentações da população.