Portal de Eventos da ULBRA., XIII FÓRUM DE PESQUISA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA (Canoas)

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A CONTRIBUIÇÃO DE PAULO FREIRE PARA A PEDAGOGIA BRASILEIRA
Carlos Regus

Última alteração: 07-01-2014

Resumo


Paulo Reglus Neves Freire, nasceu em 19 de setembro de 1921, em Recife. O pai, Joaquim era capitão da polícia militar de Pernambuco, a mãe, Edeltrudes, dona de casa. Tinha três irmãos: Stela, Armando e Temístocles. Durante sua vida, relatou em suas obras fortes lembranças da sua infância. “Minha alfabetização”, declarou a Revista Nova Escola, em dezembro de 1994, “não foi nada enfadonha, porque partiu de palavras e frases ligadas a minha experiência, escritas com gravetos no chão de terra do quintal”. Em abril de 1932, Freire e sua família mudaram-se para Jaboatão/PE. Nesse período de nove anos acontece sua infância. No meio dela, a morte de seu pai e a conclusão do curso primário. Para prosseguir os estudos, voltou para Recife e iniciou o curso ginasial. Sem recursos para pagar o colégio, trancou a matrícula. Sua mãe, então, encontra o professor Aluízio Pessoa de Araújo, do Colégio Oswaldo Cruz, que ajuda Paulo Freire a concluir sua formação escolar. Após algum tempo, já como censor no Colégio Oswaldo Cruz, Paulo iniciou a carreira do magistério, como professor de português. Em 1943, ingressou na Faculdade de Direito do Recife e, no ano seguinte, casou-se com Elza, professora primária, que exerceu um papel fundamental na sua vida. Com Elza, Paulo teve cinco filhos. Em 1947, como aluno do último ano de direito e ainda professor de português do Colégio Oswaldo Cruz, Paulo tomou conhecimento da Instituição SESI, através de Paulo Rangel Moreira e, pelo mesmo, recebeu convite para ocupar a direção de uma Divisão de Ensino e Cultura. Esta oportunidade ajudou o mesmo a definir sua história como educador e filósofo da educação. Entretanto, foi em julho 1958 que Freire afirmou-se como educador progressista, ao apresentar o Relatório da Comissão Regional de Pernambuco (“A educação de adultos e as populações marginais – o problema dos mocambos”), no II Congresso Nacional de Educação, realizado no Rio de Janeiro. Nos anos 60, salientou o processo de criação de um “método” de alfabetização. Alguns experimentos foram feitos com grupos e, ao final, o grupo testado conseguiu ler e escrever. Com o Golpe de Estado de 1964, Freire foi preso, acusado de subversão. Após cumprir prisão de 70 dias, vai para o seu exílio, de setembro de 1964 a junho de 1980. Envolvido com a prática pedagógica, passou pela Bolívia, Santiago e Chile. Depois disso, escreveu seu primeiro livro comercial: “Educação como prática da liberdade”. Deu palestras no México e visitou os Estados Unidos, atendendo ao convite de seis universidades americanas. De fevereiro de 1970 a junho de 1980 foi professor da universidade de Genebra. Nesse período, se projetou na história da educação do século XX como um cidadão do mundo. Após a anistia, em 1980, retornou ao Brasil, instalando-se na cidade de São Paulo. Nesta, filiou-se a um partido político, fez o curso de mestrado e ocupou o cargo de Secretário da Educação, de janeiro de 1989 a maio de 1991. Faleceu em 1997, deixando várias obras escritas.


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