Portal de Eventos da ULBRA., XIII FÓRUM DE PESQUISA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA (Canoas)

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FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES POLIVALENTES: Um estudo sobre processos de ensino e de aprendizagem matemática na escola inclusiva
Marlise Geller

Última alteração: 07-01-2014

Resumo


A pesquisa “Formação continuada de professores polivalentes: um estudo sobre processos de ensino e de aprendizagem matemática na escola inclusiva” está sendo realizada junto a alunos com deficiência e seus professores, em duas escolas públicas inclusivas de Ensino Fundamental de municípios situados na região metropolitana do Estado do Rio Grande do Sul. A pesquisa busca compreender e auxiliar o processo de formação continuada em Matemática de professores polivalentes e de professores de atendimento educacional especializado. O foco da pesquisa é investigar estratégias de ensino de Matemática junto a estes professores em turmas de inclusão e em atendimento educacional especializado (AEE), visando implementar uma formação em serviço. No estágio atual da pesquisa, foram aplicados instrumentos (questionários e entrevistas semiestruturadas) sobre o processo de aprendizagem da Matemática junto a alunos de inclusão e seus professores e foi iniciado o acompanhamento de processos de ensino empregados nas atividades de Matemática, observando aspectos metodológicos da práxis docente tanto em sala de aula, quanto em atendimento especializado. Atualmente, a fase de estudos sobre o uso de recursos didáticos e software com acessibilidade, considerando diferentes abordagens na perspectiva da inclusão, encontra-se em andamento. Cabe o destaque da fala de uma professora sobre as dificuldades no ensino de conceitos matemáticos: “O mais difícil, na minha opinião, é a abstração. Principalmente se não foi realizado estimulação desde a educação infantil. O sistema de representações numéricas, para um cego, não é tão simples como para um aluno vidente. O sistema braille ainda não é tão difundido, para um aluno vidente, a todo momento recebe estímulos visuais e com o tempo ele automaticamente já assimila os números e começa a quantificar. Para o aluno cego esse estimulo deve começar desde cedo, pois quando ele ingressar no ensino fundamental já tenha construído conceitos básicos tornando a matemática mais compreensível”. Esta fala se constitui em mais uma evidência da necessidade de pesquisas objetivando o processo de ensino e de aprendizagem matemática, visando à integração dos alunos de inclusão através da criticidade, autonomia e participação nos processos escolares, dentro de suas reais possibilidades.


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