Portal de Eventos da ULBRA., XIV FÓRUM DE PESQUISA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA (Canoas)

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ADESÃO FARMACOLÓGICA AO TRATAMENTOS ANTIHIPERTENSIVO: DESAFIO DIÁRIO NA PRÁTICA CLÍNICA
Anelise chiesa weingartner, Raquel Joana Almeida, Estefani Toledo Ortiz, Leticia Weber Wacther, Maiely Marcolin

Última alteração: 22-10-2014

Resumo


Hipertensão arterial uma doença crônica, qual o controle inadequado cursa com importante complicações, aumentando índice de morbidade e mortalidade, assim causando aumento de custos a saúde pública.  No Brasil há poucos estudos relatando sobre a má adesão farmacológica do tratamento anti-hipertensivo. Presente estudo, tem como objetivo expor fatores que os clínicos se deparam bem como auxiliar em soluções para pratica clinica diária.Foram revisadas literaturas em português e inglês nas bases de dados LILACS e PubMed (35 artigos), consultando artigos disponíveis na revista brasileira de cardiologia e baseando-se em dados disponíveis no site do ministério da saúde.Discussão: sabemos hoje que inúmeros fatores estão implicados na ocorrência na Hipertensão de difícil controle, o principal sendo a má adesão farmacológica. Um fator muito importante de adesão ao esquema proposto são, consultas de revisão periódicas e reforço positivo ao uso dos fármacos. Estudos no Japão, Noruega, Estados Unidos, China, Alemanha, Grécia e Eslováquia apresentaram respectivos índices de adesão à medicação de 65%, 58%, 51%, 43%, 32,3%, 15% e 7%. Sabe-se que a expectativas seria de 80%. Um estudo realizado em 1980 no HC-USP verificou que a adesão é pior em pacientes jovens e homens e índice de falha se reduziu após 10 anos de acompanhamento com medico fixo, um estudo realizado na cidade de Ribeirão Preto num ambulatório especifico de geriatria demonstrou que o fator econômico demostrou como principal fator de abandono terapêutico, seguido de dificuldade de compreensão da letra do médico e não entendimento da receita medica. Estudo realizado na Bahia nesta década demonstrou, que as maiores razões a não adesão seriam, baixa escolaridade, idade inferior a 60 anos, número grande de drogas usadas efeitos colaterais da medicação, esquecimento de tomar as medica­ções, custo das medicações, medo de misturar medicamento e bebidas alcoólicas, uso de tratamentos alternativos, medo de intoxicação, de cefaleia e disfunção sexual, bem como receio de dependência aos medicamentos, de hipotensão e de misturar a medicação anti-hipertensiva com outras drogas. Estudos internacionais referiram que os diuréticos são os de maiores abandonos seguido de IECAS, estes também relataram que estilo de vida inadequado implica no controle inadequado da hipertensão, sendo facilitador de abandono terapêutico.Após uma gama ampla de artigos revisados podemos concluir que, um somatório de medidas deveriam estar envolvidas para aumentar o índice de adesão ao esquema anti-hipertensivo,principalmente no que diz respeito a saúde pública, sendo o esquema proposto pelos nossos governantes dificulta retorno a consultas, boa relação médico-paciente, consultas de tempo restrito, dificuldade de reforço positivo a mudança de estilo de vida e a explicação adequada para uso correto dos fármacos, bem como das complicações de não adesão em relação a complicações e  morbimortalidade.


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