Portal de Eventos da ULBRA., XIX FÓRUM DE PESQUISA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA (CANOAS)

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DESEMPENHO DO RACIOCÍNIO ESPACIAL EM ACADÊMICOS DA ÁREA DA SAÚDE
Ana Maria Vieira dos Santos, Gabriela Augusta Mateus Pereira, Bibiana Oliveira, Miguel Beck

Última alteração: 10-09-2019

Resumo


O raciocínio espacial está diretamente envolvido na escolha das profissões, no desempenho de atividades e estudos na área das ciências e das tecnologias. O raciocínio espacial pode ser aprimorado e desenvolvido através de técnicas, testes e exercícios direcionados, fazendo com que a compreensão, o discernimento, a memorização e o consequente aprendizado sejam construídos de forma sólida e eficaz. O objetivo desta pesquisa foi investigar o desempenho do raciocínio espacial em alunos dos cursos de graduação da área da saúde cursando disciplinas de Anatomia Humana. A pesquisa, do tipo descritiva e transversal, foi realizada em uma Instituição de Ensino Superior privada do município de Canoas, RS no primeiro e segundo semestre de 2018, abrangendo 11 cursos de graduação nas disciplinas de Anatomia Humana, Estudos do Movimento Humano I e Estudos em Morfologia Médica Aplicada I. Foi aplicado um teste que consistia de 10 questões de múltipla escolha, sendo a questão 1 sobre rotação, as questões 2, 3, 4 e 5 sobre secção de formas geométricas, questões 6, 9 e 10 sobre mudança de perspectiva, questão 7 secção de forma orgânica e questão 8 sobre espelhamento. Este projeto foi aprovado pelo CEP/ULBRA (CAAE 76669817.2.0000.5349). Participaram 558 alunos (395 do sexo feminino) entre 17 e 49 anos, com idade média de 21,58 anos. A média de acertos no teste foi de 4,76 (±2,12). Os acadêmicos do sexo feminino apresentaram um escore médio de 4,64 acertos contra 5,06 do masculino. O teste de Levene foi utilizado para verificar a igualdade de variância (Z=0,097 com α =0,756), indicando que as variâncias não são iguais. Para comparar as médias, o teste t não mostrou diferenças significativas entre os sexos para um intervalo de 95% de confiança (p≥0,05). Assim, nesta pesquisa o gênero não influenciou em um melhor escore, mas numa maior variabilidade de escores entre os pesquisados. Também foi realizado um estudo de correlação entre a idade do aluno e seu escore no teste. Foi identificado que existe uma correlação negativa em relação à idade, isto é, para cada ano a mais do indivíduo sua nota decai, em média 0,301 pontos no escore do teste (Teste de Pearson e regressão linear, p≤0,05). Quanto à percepção do nível de dificuldade do teste, 35,8% dos alunos acharam o teste fácil, enquanto 42,7% acharam difícil. Em relação ao número de acertos, os três cursos que apresentaram as maiores médias foram Medicina (5,89), Biologia (4,52) e Estética e Cosmética (4,43).


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