Portal de Eventos da ULBRA., XVI FÓRUM DE PESQUISA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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Resiliência urbana: ação participativa no Quilombo do Areal
Andre Guirland Vieira, Claudio Schubert, Gehysa Alves, Tovo Maximiano

Última alteração: 29-08-2016

Resumo


A inserção no mercado de trabalho representa um importante passo no processo de inclusão social dos jovens. No caso das comunidades desfavorecidas economicamente, este processo é dificultado tanto pelas diferenças socioculturais e étnicas como pela carência de formação imposta pela necessidade de dividir o tempo entre a escola e o trabalho. Ao longo dos tempos, a população quilombola tem sofrido várias formas de preconceito, não só por serem negros, mas também por serem pobres. Quando os jovens vão procurar uma vaga no mercado de trabalho, se deparam com dificuldades agravadas pelo fato de morarem numa localidade reconhecida como quilombo. Em função da importância do tema, o objetivo deste trabalho é relatar as atividades desenvolvidas com jovens e adultos de comunidade quilombola para o desenvolvimento de comunicação profissional. Para tanto, foram realizados encontros semanais de duas horas com um grupo de jovens e adultos de uma comunidade quilombola para o desenvolvimento de habilidades de comunicação que facilitem sua inserção profissional. Foram desenvolvidas oficinas temáticas abordando temas como a autonomia, autoestima, a desinibição, o falar em público, a vestimenta, a elaboração de currículo, a entrevista de trabalho e os cuidados no uso das redes sociais, em uma perspectiva de valorização e afirmação da identidade local e da cidadania. Como resultados verificou-se o aumento da capacidade de expressão, aliada à diminuição da inibição em falar, o esclarecimento dos modelos culturais e midiáticos vigentes de organização dos percursos profissionais e da capacidade de delinear projetos que relacionem características locais às globais. Ao longo do desenvolvimento deste trabalho observou-se que ele auxiliou o grupo a melhorar sua performace no momento de entrevista de emprego, melhorando sua autoestima, o que auxiliou na maior responsabilização por seu próprio percurso de vida e na busca de alternativas às carências socioculturalmente existentes.


Palavras-chave


Comunidades quilombolas; comunicação para o trabalho; empoderamento; adolescentes.

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