Portal de Eventos da ULBRA., XVI FÓRUM DE PESQUISA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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A UTILIZAÇÃO DE FERRAMENTAS HIPERCULTURAIS NO ENSINO DE MECÂNICA QUÂNTICA: UMA INVESTIGAÇÃO DE DRIVERS E PERFIL EPISTEMOLÓGICO
Robson Trevisan, Agostinho Serrano

Última alteração: 29-08-2016

Resumo


O presente trabalho busca investigar a relação entre o perfil epistemológico do estudante, suas imagens mentais e drivers construídos após a utilização de ferramentas hiperculturais sob a forma de bancadas virtuais. Para tanto, escolheu-se como conteúdo de conhecimento o comportamento dual da matéria e da radiação eletromagnética, tópico fundamental da Mecânica Quântica (MQ), dentro do currículo de estudantes de licenciatura em física. A condução da investigação converge e culmina na tentativa de relacionar as imagens mentais e drivers dos alunos com as principais interpretações da MQ, a ponto de mapear as filosofias com maior destaque e influência no espírito do sujeito na construção de conhecimentos acerca da dualidade. Os sujeitos investigados nesta pesquisa cursavam o sétimo período do curso de Licenciatura em Física. O referencial teórico adotado para leitura dos dados foi a Teoria da Mediação Cognitiva (TMC), procurando explicar como a mediação pelo uso computador modifica a estrutura cognitiva dos estudantes. Utilizou-se, também, a ideia de perfil epistemológico Bachelardiano para relacioná-la com a postura epistemológica expressada pelos alunos. Os resultados foram obtidos após as análises realizadas sobre os pré-testes, pós-testes e gestos descritivos obtidos das imagens de vídeo, gravadas durante as entrevistas do pós-teste, sendo que essas entrevistas foram conduzidas seguindo o método “Report Aloud”, uma adaptação do protocolo “Think Aloud”. O perfil epistemológico dos alunos foi traçado de acordo com as interpretações privadas, inferidas a partir dos drivers conceituais, manifestados e identificados, sendo, também, comparados com as quatro principais interpretações da TQ. Apesar desse resultado positivo, verificou-se que os softwares não se mostraram eficazes para uma nova aquisição de drivers microscópicos. Para compreender o porquê, levanta-se a hipótese de que os softwares utilizados não apresentam representações gráficas dos objetos quânticos utilizados (fóton ou elétron) e, portanto, não oferecem como mecanismo de processamento externo auxiliar à cognição, uma forma do estudante gerar imagens mentais.

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