Portal de Eventos da ULBRA., XVI FÓRUM DE PESQUISA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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TREINAMENTO MUSCULAR EM PACIENTES PORTADORES DE DOENÇAS CARDIORRESPIRATÓRIAS CRÔNICAS
Aline Meine Azambuja, Maria Camila Silva, Laura Jurema Santos

Última alteração: 01-09-2016

Resumo


Introdução: A limitação na capacidade do exercício tem origem multifatorial, sendo composta por fatores envolvendo a ventilação, as trocas gasosas, o sistema cardiovascular e as anormalidades da musculatura periférica. Objetivo: Avaliar e comparar os efeitos de duas modalidades de treinamento muscular respiratório e periférico em pacientes portadores de doenças cardiorrespiratórias crônicas. Metodologia: Ensaio clínico randomizado realizado no Hospital Universitário ULBRA/Mãe de Deus - Canoas/RS. Os pacientes foram randomizados em 2 grupos: Grupo I (Intervenção) - treinamento muscular respiratório através do método de estimulação diafragmática elétrica transcutânea (EDET) e treinamento muscular periférico através do método de estimulação elétrica neuromuscular (EENM) associada a contração voluntária e Grupo II (Convencional) - treinamento muscular de membros inferiores através do cicloergômetro, treinamento de membros superiores com halteres e treinamento muscular respiratório através do exercitador Power Breathe®. A avaliação foi realizada antes do 1º atendimento e após a última sessão, consistindo na verificação da pressão inspiratória máxima (PImáx) e pressão expiratória máxima (PEmáx), força muscular periférica através da escala Medical Research Council (MRC), dinamometria e Medida de Independência Funcional (FIM). Por se tratar de resultados preliminares e reduzido tamanho da amostra foram realizadas apenas estatísticas descritivas. Resultados: Foram incluídos inicialmente 28 pacientes no protocolo, destes 18 concluíram o estudo, sendo que os demais foram excluídos por não adesão ao tratamento e isolamento por bactéria multirresistente. Pertencendo 11 pacientes no grupo I e 7 no grupo II. A mediana da idade do grupo I foi de 72,3±13,1 anos e no grupo II de 65,0±8,4 anos, com prevalência do gênero feminino (66,7%). No momento da alta hospitalar observou-se aumento da PImáx no grupo I de 58,6±34,6cmH2O para 68,2±38,2cmH2O, porém houve diminuição da mesma no grupo II, de 86,4±60,5cmH2O para 85,7±61,0cmH2O. Em ambos os grupos houve aumento da PEmáx final de 64,1±34,5cmH2O para 78,6±35,3cmH2O no grupo I e de 64,3±28,3cmH2O para 75,7±35,3cmH2O no grupo II, assim como melhora da funcionalidade de 114,1±15,2 para 119±13,4 pontos no grupo I e de 118,9±6,7 para 122,3±4,1 pontos no grupo II, força de preensão palmar de 27,5±13,6Kgf para 29,9±13,5Kgf no grupo I e de 22,2±16,8Kgf para 27,7±18,1Kgf no grupo II e força muscular periférica de 47,7±10,5 para 54,1±8,0 pontos no grupo I e de 45,1±7,8 para 51,0±7,5 pontos no grupo II. Conclusão: Devido ao tamanho reduzido da amostra e por se tratar de resultados parciais, ainda não podemos concluir que determinada modalidade de treinamento muscular respiratório e periférico seja eficaz, porém nossos resultados apontam para a provável eficácia da EDET e EENM como modalidade de treinamento muscular respiratório e periférico em pacientes com doenças cardiorrespiratórias crônicas.


Palavras-chave


Força muscular; Doença pulmonar obstrutiva crônica; Insuficiência cardíaca.

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