Portal de Eventos da ULBRA., XVI FÓRUM DE PESQUISA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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A INFLUÊNCIA DO ÔMEGA-3 SOBRE PARÂMETROS CLÍNICOS E LABORATORIAIS EM RATAS MENOPAUSADAS
MARIA ISABEL MORGAN-MARTINS, RENATA VINHOLES OLIVEIRA, ALESSANDRA HÜBNER SOUZA

Última alteração: 30-08-2016

Resumo


A falência ovariana leva a menopausa e a baixa estrogênica, acarreta vários efeitos fisiológicos, que comprometem a regeneração e manutenção dos tecidos, desencadeia o desequilíbrio da homeostase do colágeno da pele, dano à plasticidade e transmissão neuronal, levando a quadros de irritabilidade, depressão, entre outros. Está relacionada também, ao aumento da gordura visceral e alteração nos níveis de colesterol, LDL e HDL. Ao ômega-3 tem sido atribuídos benefícios como a melhora da depressão, melhora dos parâmetros sistêmicos, bem como, efeitos antioxidantes. Assim, é pertinente o estudo de recursos alternativos, como administração do ômega-3, a fim de que se possam melhorar as alterações da menopausa. O objetivo do estudo foi avaliar o efeito do tratamento com ômega-3 na depressão pós menopausa, através de testes comportamentais, e nos parâmetros sistêmicos. No modelo experimental foram usadas ratas fêmeas da linhagem Wistar (250/300g), divididas em 4 grupos: controle sham-operated água(SOA n=6), controle sham-operated ômega(SOO n=4) castrado-água(CA n=6) e castrado-ômega(CO n=5). As ratas receberam 40 dias de ômega ou água por gavagem, simulando o uso contínuo do ômega e, na metade do tratamento, foi realizada a cirurgia de castração ou falso operada (SO). No último dia foram realizados os testes comportamentais de nado forçado e campo aberto. Após, os animais foram eutanasiados por inalação de isoflurano. O sangue foi coletado por punção na veia cava inferior em tubos heparinizados, centrifugados por 10 min. a 3000rpm para a separação do soro, para análises bioquímicas. A análise estatística foi ANOVA, seguido do teste Student-Newmann-Keuls (MEDIA±EPM) considerado significativo para p≤0,05. Quanto aos resultados dos testes comportamentais, no teste de campo aberto CA(29,7±2,9) mostrou atividade motora significativamente menor que o CO(48,3±7,8), o grupo CO explora mais. No teste de nado forçado CA(22,5±1,6) mostrou-se significativamente mais imóvel que SOA(11,8±0,8), SOO(13±2) e CO(16,2±0,9), sugerindo depressão na menopausa e um benefício do ômega-3 sobre a depressão pós menopausa, neste teste avaliado. O colesterol aumentou significativamente no SOO(263,8±52,1) comparado ao SOA(88,7±25,7) e CA(87,2±13,5) e reduziu significativamente no CO(99,2±17,2) comparado ao SOO. Não houve diferença significativa entre os grupos na avaliação de triglicerídeos. O HDL diminuiu significativamente no CO(6,5±1) ao ser comparado com SOA(11,1±0,8) e CA(11,1±0,3), e também no SOO(7,3±1) comparado ao CA e SOA. Já o LDL aumentou no CO(14,9±1,2) ao ser comparado com SOA(9,3±1,7), quando do uso contínuo do ômega. Assim, sugere-se que a administração contínua do ômega-3, antes e após a cirurgia de castração em ratas, amenizou os sinais de depressão na menopausa avaliada pelo nado forçado e campo aberto. Já nos parâmetros sistêmicos, o uso do ômega não mostrou melhora nos níveis de HDL e LDL, porém, reduziu o colesterol com uso contínuo de ômega nas ratas castradas.


Palavras-chave


menopausa; parâmetros sistêmicos; depressão; ômega-3.

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