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HEMODIÁLISE EM HOSPITAL GERAL: A ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NESTE CONTEXTO
Rogério Dias Costa

Última alteração: 01-09-2016

Resumo


Introdução - A doença renal crônica é uma lesão do órgão com perda progressiva e irreversível da função dos rins. Na fase mais avançada, quando os rins não conseguem manter a normalidade do meio interno do paciente, é definida como Insuficiência Renal Crônica (IRC). A hemodiálise é o tratamento mais comumente adotado para substituir a função renal (ANDREOLI e NADALETTO, 2011). Os indivíduos desconhecem a sua existência até seu quadro clínico se apresentar avançado (SMELTZER e BARE, 2009). O impacto do diagnóstico, associado ao reconhecimento da gravidade da doença e do tratamento, até as suas consequências, como os efeitos medicamentosos e os limites nos hábitos alimentares e na vida social, provocam dúvidas, insegurança, medo, angústia e sofrimento quanto à cura e à possibilidade de viver (RAMOS et al., 2008). Torna-se fundamental a intervenção psicológica, melhorando a adaptação à nova condição de saúde. Objetivo - Descrever as possibilidades de atuação do psicólogo junto a pacientes que obtiveram o diagnóstico de IRC no contexto hospitalar, tendo como alternativa de tratamento a hemodiálise. Método - Relato de experiência a partir das vivências de uma equipe de psicologia na unidade de internação adulto de um hospital geral da região metropolitana de Porto Alegre. Resultados - A psicologia atua propiciando um espaço de escuta para que os pacientes possam falar de suas dificuldades diante dessa modalidade de tratamento, a qual pode gerar impactos na sua vida em diferentes âmbitos. São trabalhados recursos de enfrentamento e capacidade de adaptação dos pacientes, assim como o fortalecimento de sua capacidade egóica, visando promover sua saúde mental e maior qualidade de vida. Além disso, aborda-se os familiares, tendo como finalidade auxiliar na organização para receber o paciente a domicílio, assim como é investigada a rede de apoio. Discussão - Estudos mostram que a hemodiálise acarreta alterações no estilo de vida dos indivíduos e de seus familiares, ocasionando limitações nos aspectos emocionais, econômicos, sociais, laborais e outros. A constante exposição a fatores adversos inerentes à doença renal, como o tempo gasto nas sessões de hemodiálise, as constantes consultas médicas, os exames laboratoriais, as dietas, a expectativa de transplante associada à frequente permanência em ambientes hospitalares, tem contribuído para o surgimento de doenças psicoafetivas, entre elas a depressão (FERREIRA e ANES, 2010). Conclusão - Destaca-se a importância da atuação da psicologia junto a pacientes internados com diagnóstico de IRC e que iniciam a hemodiálise, visto a necessidade de ser trabalhadas questões emocionais relacionadas a situação, evitando assim o aparecimento de transtornos psicológicos e psiquiátricos associados.

Descritores: hemodiálise, hospital geral, psicologia.

Referências:

Andreoli, M. C. C., Nadaletto, M. A. (2011). Serviço de diálise peritoneal do hospital do rim e hipertensão e fundação Oswaldo Ramos - UNIFESP/EPM. Recuperado em 01 março, de 2014, de http://www.sbn.org.br/Publico/dia-lise.htm.



Ferreira, P. L. E Anes, E. J. (2010). Medição da qualidade de vida de insuficientes renais crônicos: criação da versão portuguesa do KDQOL-SF. Revista Portuguesa de Saúde Pública, 28(1), 31-39.



Ramos, I. C., Queiroz, M. V. O., E Jorge, M. S. B. (2008). Cuidado em situação de doença renal crônica: representações sociais elaboradas por adolescentes. Revista Brasileira de Enfermagem, 61(2), 193-200.



Smeltzer, S. C. E Bare, B. G. (2009). Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica.(J. E. F., Cruz, Trad., 11a ed.). Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan.


Palavras-chave


HEMODIÁLISE; HOSPITAL; PSICOLOGIA

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