Estudos in vitro e in vivo monstram que o uso do Laser de Baixa Intensidade (LBI) age como trófico-regenerativo, anti-inflamatório e analgésico. No tecido adiposo ele age sobre os poros transientes que permite a liberação de ácidos graxos e glicerol. O objetivo foi investigar os efeitos sistêmicos e mutagênicos do LBI em abdômen de ratas Wistar. Foram usadas ratas fêmeas espécie Rattus norvegicus da linhagem Wistar (n= 25), divididas em 5 grupos: controle (CO, n=5), radiação de laser vermelho 4J (V4 n=5), radiação de laser vermelho 6J (V6 n=5), radiação de laser infravermelho 4J (IV4 n=5) e radiação de laser infravermelho 6J (IV6 n=5). Os animais foram submetidos à radiação de laser vermelho com 4 e 6J e infravermelho 4 e 6J, na região abdominal por de 30 dias e duas aplicações semanais. No 30° dia os animais foram eutanasiados, o sangue foi coletado para posterior análise dos parâmetros sistêmicos. O fêmur direito foi retirado para análise de mutagênese através do teste de micronúcleos (MN). A análise estatística foi ANOVA, seguido do teste Student-Newmann-Keuls, (MEDIA±EPM) considerado significativo para p≤ 0,05. Aprovação no Comitê de Ética ULBRA/Canoas sob n° 2015-64P. Os grupos seguem sempre a mesma ordem de apresentação dos resultados, sendo: CO, V4, V6, IV4 e IV6. Ao avaliar o colesterol total o grupo IV6 foi significativamente maior que o CO, V4 e V6, sendo os resultados dos grupos: 52,5 ±2,4; 52,5 ±4,3; 48,2 ±1,7; 64,7 ±7,6; 73,3 ±8,7; quanto ao triglicerídeo não houve diferença significativa entre os grupos, sendo: 377,8 ±16,4; 388,2 ±17,4; 369,6 ±11,5; 414,5 ±29,3; 374,4 ±11,2; na avaliação do HDL o grupo IV6 apresentou uma diminuição significativa em relação aos grupos CO, V4 e V6, sendo: 10,3 ±0,5; 9,9 ±0,9; 12,5 ±1,2; 9,1 ±1,2; 6,4 ±0,8; na analise de TGP/ALT (U/L) o IV6 foi significativamente menor em relação aos demais grupos, conforme: 103,2 ±7,4; 120 ±10,1; 113,5 ±13,3; 106,4 ±12,4; 69 ±7,3; em relação a TGO/AST (U/L) foi observada uma diminuição significativa do grupo V4 em relação ao CO e IV4, do V6 em relação ao CO e ao IV4, e do grupo IV6 em relação ao grupo CO e IV4, e não houve diferença significativa entre os grupos V4, V6 e IV6, sendo os resultados: 213 ±14; 85,2 ±13,5; 116,2 ±3,2; 185,5 ±26,4; 116,2 ±17,8. Na avaliação da FA (fosfatase alcalina) o grupo IV4 apresentou um aumento significativo em relação aos demais grupos, sendo: 217 ±43; 262 ±26,2; 276 ±20,1; 407 ±17; 283 ±23,6. Na avaliação o teste de MN com o uso de LBI, não foi encontrada diferença significativa na frequência de micronúcleos entre os animais tratados com as radiações e o CO, sugerindo que os tratamentos não induziram mutações cromossômicas. A razão EPC/ENC foi semelhante em todos os grupos, indicando que os tratamentos não foram tóxicos para a medula óssea. Com isso podemos sugerir que o do uso LBI não induziu a mutagênese e nos parâmetros sistêmicos não mostrou dano hepático avaliado pelas enzimas TGP/ALT e TGO/AST nos grupos irradiados com LBI.