Portal de Eventos da ULBRA., XVI FÓRUM DE PESQUISA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

Tamanho da fonte: 
OCORRÊNCIA DE LARVAS DE TRYPANORHYNCHA (PLATYHELMINTHES: EUCESTODA) EM PEIXES COMERCIAIS NO RIO GRANDE DO SUL
David Miguel Flores de Souza, Nataly Salvatierra Sodre, Bruno Justo Schimuneck, Julia Michaelen Moreira da Silva, Matheus Dauber dos Santos, Jardel Ceolan Moraes, Tiago Silva Sarmento, Moisés Gallas, Eliane Fraga da Silveira

Última alteração: 01-09-2016

Resumo


Os parasitos apresentam ciclos biológicos complexos, com a participação de hospedeiros intermediários e definitivos. Nesses ciclos são encontrados diferentes estágios larvais, sendo a maioria, transmitida pelo fato de serem ingeridas por diferentes hospedeiros. Em ambientes aquáticos, os peixes podem ser tanto hospedeiros intermediários, paratênicos ou definitivos. Em cestoides da Ordem Trypanorhyncha, crustáceos são considerados como primeiro hospedeiro intermediário apresentando a larva procercoide; o segundo hospedeiro intermediário (peixes marinhos) pode apresentar plerocerco ou plerocercoide. Essas duas larvas são identificadas através da presença ou ausência de blastocisto e posição do escólece. Este estudo objetiva registrar a ocorrência de larvas de Trypanorhyncha em diferentes espécies de peixes comerciais (Micropogonias furnieri, Pogonias cromis, Pomatomus saltatrix e Cynoscion sp.) no RS. Entre 2014 e 2016 foram coletados peixes através de pescadores profissionais nos municípios de Rio Grande e Tramandaí, RS. No Laboratório de Zoologia de Invertebrados do Museu de Ciências Naturais da ULBRA foram necropsiados e os órgãos foram examinados separadamente. As larvas foram fixadas em A.F.A., coradas com hematoxilina de Delafield e, montadas com bálsamo do Canadá. As larvas de Trypanorhyncha encontradas no presente estudo foram identificadas como plerocerco (com blastocisto) e plerocercoide (sem blastocisto). Nessas larvas, a oncotaxia permite identificar os cestoides como Homeacanthoidea, Heteracanthoidea, Otobothrioidea ou Poecilacanthoidea. Entre as espécies examinadas M. furnieri (n = 3), P. cromis (n = 6), Po. saltatrix (n = 25) e Cynoscion sp. (n = 1), um total de 18 larvas foram encontradas. Nessa amostra, somente Po. saltatrix e Cynoscion sp. estavam parasitados, com 4 e 14 larvas, respectivamente. As larvas de Trypanorhyncha são encontradas em peixes teleósteos, elasmobrânquios e invertebrados e, os adultos são parasitos gastrointestinais de elasmobrânquios. Os peixes examinados são considerados hospedeiros intermediários de cestoides que apresentam como hospedeiros definitivos os elasmobrânquios.

Palavras-chave


cestoide; helmintofauna; fase larval; ecologia.

Texto completo: PÔSTER