Portal de Eventos da ULBRA., XVII FÓRUM DE PESQUISA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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ESTUDO SOBRE A EVASÃO DE ALUNOS NA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
Simone Soares Echeveste

Última alteração: 10-09-2017

Resumo


A modalidade de Ensino à distância vem crescendo cada vez mais nos últimos anos, a procura por cursos superiores de diferentes áreas e o crescente número das matrículas nas instituições de ensino reforçam as previsões de que o avanço da tecnologia mudaria o panorama da educação superior agregando uma nova forma de ensinar e de aprender. Assim como nos cursos de graduação presenciais, observam-se em cursos EAD elevadas taxas de evasão, fato este que preocupa os gestores e se configura como um importante foco de investigação. Para FAVERO (2006) evasão representa a desistência do curso, considerando inclusive alunos que se matricularam, mas nunca interagiram na plataforma com seus colegas e/ou tutores e professores. A autora destaca ainda que o índice de evasão dos cursos totalmente a distância é de 30%, sendo que para as instituições privadas este índice é superior (23%) ao das instituições públicas (11%). Neste contexto, a presente pesquisa tem como objetivo investigar os índices de evasão em cursos superiores na modalidade à distância. A população deste estudo corresponde aos alunos ingressantes em cursos superiores ofertados na modalidade à distância de uma Universidade no período de 2013 a 2017/1 correspondendo a 29.997 alunos, todos estes alunos fizeram parte da análise realizada configurando-se assim um censo. Os dados considerados referem-se às variáveis sociodemográficas como idade, sexo, estado em que reside; bem como dados acadêmicos: curso, módulo em que se encontra matriculado, percentual do curso já realizado, semestre de ingresso e situação atual (evadido ou não evadido). Os resultados foram analisados através de estatísticas descritivas, percentuais e tabelas cruzadas. Como resultados parciais destaca-se que maioria, 65,1% é do sexo feminino e reside no Rio Grande do Sul (53,8%), verificou-se ainda que 11,1% residem no Pará e 8,0% em São Paulo, o restante se divide em outros estados em menores percentuais. As idades destes alunos variam de 16 a 83 anos, observando-se uma idade média de 33,3 com uma variação de 9,6 anos. Em relação à evasão, observou-se que 16.668 foram considerados Evadidos correspondendo a 55,5% desta população. A evasão é mais freqüente em alunos do sexo masculino (58,4%), e 65,4% evadem com até 10% do curso realizado, sendo que 57,0% dos alunos evadidos não concluem nem o primeiro módulo de seus cursos. Dos cursos investigados observa-se que os maiores percentuais de evasão ocorrem nos cursos: Matemática (68,2%), Gestão Ambiental (67,4%), Letras (62,3%), Negócios Imobiliários (61,8). Destaca-se a importância da realização de ações de fidelização no ingresso destes alunos nas primeiras disciplinas realizadas. Os altos índices de evasão no início dos cursos pode indicar uma falta de adaptação com as ferramentas específicas da modalidade à distância, bem como a falta de práticas pedagógicas nas disciplinas iniciais que objetivem a retenção destes novos alunos.

Palavras-chave


Ensino à distância, Evasão, Retenção

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