Portal de Eventos da ULBRA., XVII FÓRUM DE PESQUISA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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COMPARAÇÃO DE CÉLULAS PERIVASCULARES COM CÉLULAS ESTROMAIS MESENQUIMAIS DERIVADAS DE TECIDO ADIPOSO HUMANO
Patrícia Bencke Grudzinski, Bruno Corrêa Bellagamba, Thailine Ávila dos Santos, Lindolfo da Silva Meirelles

Última alteração: 08-09-2017

Resumo


Células estromais mesenquimais (MSC) são definidas como células com capacidade de proliferação in vitro e diferenciação em células mesenquimais. Mesmo sendo facilmente isoladas por sua aderência ao plástico, MSC constituem uma população celular heterogênea. A utilização de marcadores de superfície para obtenção de uma população de MSC mais bem definida vem sendo alvo de diversos estudos; porém, não há um marcador específico para MSC, e há discordância quanto aos melhores tipos de marcadores para o isolamento dessas células. Diversos estudos afirmam que as MSC são originárias de células perivasculares denominadas pericitos, que dão origem às MSC quando cultivados. Recentemente, demonstrou-se que pericitos de tecido adiposo humano apresentam, em sua superfície, a molécula CD271. O isolamento de células positivas para esse marcador poderia fornecer uma população mais homogênea de MSC. Para testar essa pressuposição, células de tecido adiposo humano foram isoladas com o uso de um protocolo de aderência celular ao plástico das placas de cultivo, seguido de imunosseleção negativa para CD31 e positiva para CD271. As células obtidas por essa metodologia, denominadas células aderentes CD271+CD31+ (AD271+31-) foram comparadas com células duplamente negativas para os marcadores CD271 e CD31 (AD271-31-) e com MSC de tecido adiposo isoladas por aderência ao plástico (ATMSC) quanto a marcadores de superfície, cinética de cultivo e capacidade de formação de colônias fibroblastoides. Os resultados mostraram que células AD271+31- constituem uma população rara no tecido adiposo. As células AD271+31- recém-isoladas apresentaram os marcadores de superfície CD34, CD90 e NG2, e não apresentam CD146; quando cultivadas, elas apresentaram um imunofenótipo de superfície similar ao das células AD217-31- e ATMSC. Células AD271+31- apresentaram maior velocidade de proliferação in vitro quando comparadas a células AD217-31-. Células AD271+31- produzem maior quantidade de colônias fibroblastoides quando comparadas às células AD271-31- e ATMSC. Esses dados sugerem que as culturas derivadas de células isoladas conforme protocolo descrito acima constituem uma população de MSC mais homogênea que ATMSC isoladas por métodos convencionais.


Palavras-chave


MSC, pericitos, CD271

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