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DIAGNÓSTICO IMAGIOLÓGICO DE LINFOMA MEDIASTINAL EM GATO - RELATO DE CASO
Márcio Aurélio Teixeira

Última alteração: 08-09-2017

Resumo


O linfoma mediastinal é comumente diagnosticado em gatos jovens de até três anos de idade, e com frequência é associado ao vírus da leucemia felina (FeLV). Caracterizado por uma linfadenopatia mediastinal que envolve os linfonodos regionais, o timo e pode acometer a medula.  O exame radiográfico sugere aumento de radiopacidade na região e a ultrassonografia confirma a presença de estrutura cranial à silhueta cardíaca.

Objetivos: Relatar e mostrar a importância do diagnóstico por imagem no reconhecimento de alterações mediastinais.

Metodologia: Relato de caso de uma paciente com esta patologia que procurou o serviço do Hospital Veterinário da ULBRA (HV-ULBRA), sendo realizada a consulta e diagnóstico ao final.

Resultados: Foi atendido no HV-ULBRA um felino fêmea, sem raça definida, de aproximadamente um ano, pesando 4,2kg; com histórico de ovariosalpingohisterectomia (OSH) terapêutica (em outro centro veterinário) há um mês, onde havia sido diagnosticado mortalidade fetal, evoluindo com algia abdominal e dificuldade respiratória severa segundo os tutores. Ao exame físico apresentava-se prostrado, temperatura de 37,8ºC, taquipneico, ausculta cardíaca com abafamento de bulhas, sibilo pulmonar expiratório e a palpação abdominal mostrou-se sem alterações. O paciente foi internado para tratamento sintomático e de suporte, realizar sorologia para Vírus da Imunodeficiência Felina (FIV) e FeLV, hemograma, bioquímicos séricos, radiografia de tórax (RX) e ultrassonografia transtorácica e abdominal (US). Os testes rápidos de FIV e FeLV foram positivos para FeLV; o RX indicou discreto pneumotórax (paciente tinha histórico de efusão pleural e drenagem deste em outro local), silhueta cardíaca com aumento difuso e perda da definição dos bordos, deslocamento dorsal do trajeto traqueal com lúmen diminuído em toda porção torácica e opacificação difusa em mediastino. No exame de US foi visualizado estrutura hiperecogênica, vascularizada ao Doppler e bem definida cranial à silhueta cardíaca. Diante do quadro do paciente foi realizada biópsia ecoguiada por punção com agulha fragmentante (Tru-Cut), com três fragmentos da estrutura no mediastino cranial coletados e enviados para histopatologia que confirmou o diagnóstico de linfoma.

Conclusão: Os exames de imagem são fundamentais para a investigação e conduta clínica dos pacientes acometidos com patologias mediastinais, tendo em vista a localização das lesões que possibilita procedimentos intervencionistas, para que deste modo seja possível um diagnóstico definitivo e tratamento adequado para cada tipo de doença. No caso relatado a radiografia torácica possibilitou uma visão panorâmica do quadro do paciente e a ultrassonografia intervencionista o diagnóstico definitivo.


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