Portal de Eventos da ULBRA., XVII FÓRUM DE PESQUISA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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ÁREAS DE FOCOS DO MOSQUITO DA DENGUE EM CANOAS-RS: UMA PERSPECTIVA EPIDEMIOLÓGICA
Jussara Alves Pinheiro Sommer, Leonardo Bubols Vitoria, Eliane Fraga Silveira, Rafael Lacerda Martins

Última alteração: 10-09-2017

Resumo


A dengue é uma doença urbana e, neste século, vem apresentando surtosepidêmicos de grande repercussão social e de saúde pública, sendo transmitidapelo mosquito Aedes aegypti . Estima-se que há, no mundo, 3,9 bilhões pessoasestão expostas, e em média de 390 milhões de casos novos notificadosanualmente, com manifestações clínicas registradas em 96 milhões. A relevânciado uso das geotecnologias, em especial do SIG, para pesquisa na área de saúdeambiental está na capacidade de armazenamento de informações geográficas, ecorrelacionar dados alfanuméricos de distintas fontes. Permite a integração dedados demográficos, econômicos e ambientais, promovendo o interrelacionamentodas informações de diversos bancos de dados. Este estudo tevecomo objetivo identificar os padrões de distribuição dos focos de mosquito Aedesaegypti encontrados no município de Canoas, Rio Grande do Sul, no período de2013 ao primeiro semestre de 2015. O trabalho foi realizado com a elaboração demapas temáticos com a intensidade de focos/bairro, além disso, foramcorrelacionados com dados socioeconômicos do censo (IBGE/2010), com osdados de temperatura e pluviosidade. O registro dos dados dos focos foi obtidojunto a Secretaria Municipal de Vigilância Sanitária de Canoas, RS, e foramgeorreferenciados. As coordenadas dos UTM dos endereços foram obtidas do‘Software Google Earth’, e também a plataforma ‘Street View’. Posteriormente, osendereços georeferenciados foram utilizados no ‘SIG Quantum GIS’, paraelaborar os mapas temáticos com a ocorrência dos focos por ano e bairro, bemcomo, correlacionar com fatores ambientais (temperatura e pluviosidade) obtidosdo banco de dados meteorológicos para ensino e pesquisa a BDMEP da Estação(OMM: 83967) em Porto Alegre. Os dados socioeconômicos (renda por habitante,esgoto a céu aberto, lixo em terrenos e em corpos hídricos) foram obtidos docenso de 2010 (IBGE). Os dados dos mapas temáticos foram classificados emclasses de ocorrência os focos/ bairro e ano. Os dados foram analisados ecorrelacionados por meio estatística de regressão passo-a-passo (stepwise) paraverificar a influência das variáveis: faixa de renda, quantidade de lixo-rio e lixoterrenosobre número focos. A análise de regressão linear múltipla foi utilizadapara correlacionar a temperatura média mensal e pluviosidade com númeromensal de focos de A. aegypti. Foram encontrados 1947 focos de A. aegyptidurante o período analisado. Os focos estavam distribuídos em 17 bairros, sendoeles Niterói (690 focos), Rio Branco (315 focos), Estância Velha (293 focos), N. S.das Graças (249 focos), Fátima (110 focos), Guajuviras (74 focos), MarechalRondon (34 focos), Centro (31 focos), Igara (27 focos), Mathias Velho (27 focos),Harmonia (26 focos), Olaria (24 focos), São Luiz (13 focos), Industrial (10 focos),Mato Grande (10 focos), São José (10 focos), Brigadeira (04 focos). Os resultadosobtidos indicam elevação no número de focos do mosquito A. aegypti no períodoanalisado. A quantidade de focos registrados foi maior no primeiro quadrimestre,período onde as temperaturas são elevadas. As temperaturas médias entre osanos de 2013 e 2015 aumentaram 2°C, na região. Quando o índice pluviométricofica acima dos 200 mm/mês os focos diminuem.

Palavras-chave


Aedes aegypti, geoprocessamento, saúde ambiental.

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