Portal de Eventos da ULBRA., XVIII FÓRUM DE PESQUISA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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ANALISE POLÍNICA QUALITATIVA DE AMOSTRAS SUPERFICIAIS DO TRANSECTO DO SITIO LARANJAL
ANDREIA CARDOSO PACHECO EVALDT, JEFFERSON NUNES RADAESKI, SORAIA GIRARDI BAUERMANN

Última alteração: 24-08-2018

Resumo


Localizado na região leste do Rio Grande do Sul, no município de Gravataí, Região Metropolitana de Porto Alegre, o Sítio Laranjal apresenta-se em uma área de relevo suavemente ondulado, altitude de 44 m. Ano limite da propriedade encontra-se o Arroio do Passo que deságua no rio Gravataí. A Mata Ciliar caracteriza-se como Floresta de Galeria. A vegetação do sítio é campestre com a presença de espécies nativas e exóticas. Na Floresta de Galeria vegetam espécies da família Myrtaceae, Fabaceae, Poaceae (bambus) e Moraceae (Ficus sp.). Na vegetação campestre encontram-se algumas árvores entremeadas com as gramíneas, são elas: Araucaria angustifolia, Eucalyptus, Citrus sinensis, Syagrus romanzoffiana e Pinus ellioti. Na vegetação campestre predominam espécies de Poaceae (Cynodon dactylon, Eragrostis bahiensis, Ischaemum sp., Panicum sp., Paspalum sp. e Setaria), Asteraceae (Aspilia montevidensis, Baccharis sp., Senecio brasiliensis) e Cyperaceae (Cyperus sp.). Este trabalho tem como objetivo qualificar e quantificar o espectro polínico de amostras superficiais para aferir a sua fidedignidade com a vegetação atual. Nesta primeira fase do estudo são apresentados os dados qualitativos. As amostras superficiais foram coletadas a cada 5 metros em um transecto de 45 metros localizado entre a transição da Floresta de Galeria e a vegetação de campo. As amostras foram devidamente acondicionadas e levadas ao Laboratório de Palinologia da Ulbra, onde foram processadas segundo o método usual para palinologia. Foram confeccionadas cinco lâminas para cada amostra. As lâminas foram analisadas em microscopia óptica. Foram encontrados pólens das famílias Amaranthaceae, Arecaceae, Asteraceae, Berberidaceae, Caryophyllaceae, Cyperaceae, Euphorbiaceae, Fabaceae, Moraceae, Myrtaceae, Onagraceae, Poaceae, Rosaceae e Verbenaceae. Houve registro dos pólens dos gêneros Araucaria, Begonia, Celtis, Chrysophyllum, Citrus, Clusia, Eryngium, Eucaliptus, Mimosa, Monimia, Passiflora, Pinus, Peperomia, Piper, Polygala, Sebastiana, Sida, Solanum, Syagrus e Vernonia. Em alguns casos foi possível identificar a espécies, pois os caracteres morfológicos os diferenciam dos demais, foram identificados grãos de pólen de Maytenus ilicifolia, Medicago alfafa, Mimosa bimucronata, Mimosa scabrella e Phyllanthus sellowianus. Na próxima etapa serão realizadas analise quantitativas que permitirão entender ao quanto o espectro polínico no solo reflete a vegetação atual. Os dados coletados até o momento apontaram uma grande diversidade de espécies, reforçando a importância da preservação de áreas verdes, mesmo que com algum impacto antrópico.


Palavras-chave


polén, palinologia, espectro polínico.

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