Portal de Eventos da ULBRA., XVIII FÓRUM DE PESQUISA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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Síndrome do filhote nadador em felino neonato relato de caso
Bruna Vanessa Martin, Paula Richter, Amanda Goettems, Ariane Alievi, Karine Gehlen Baja

Última alteração: 24-08-2018

Resumo


A síndrome do filhote nadador, também conhecida como splay leg ou hipoplasia miofibrilar, deformidade pouco comum, que acomete cães e gatos recém-nascidos. Diversos autores propõem variados fatores etiológicos: genéticos, ambientais, nutricionais, metabólicos, alterações neuromusculares. Essa síndrome afeta principalmente o desenvolvimento muscular dos membros pélvicos, embora possa acometer também, ainda que menos comumente, membros torácicos. O diagnóstico dá-se pelos sinais clínicos, posição dos membros torácicos e pélvicos e movimentação anormal do filhote. O uso de fisioterapia e órteses no início da vida pós-natal tem um papel fundamental para a melhora clínica, trazendo resultados satisfatórios, pois os animais ainda encontram-se amadurecendo suas fibras musculares. O presente resumo tem como objetivo apresentar um relato de caso de um felino acometido pela síndrome do filhote nadador. Foi atendido no Hospital Veterinário ULBRA, um felino, macho, da raça persa, de cinco dias de idade, que apresentava evidentes alterações angulares nos membros pélvicos, além de mobilidade diminuída, comparado aos irmãos. O exame clínico geral do paciente não apresentou anormalidades, quando da análise dos membros pélvicos evidenciou-se abdução dos membros, rotação interna da articulação tarsal, atrofia dos membros e hiperflexão dos dígitos. Optou-se por tratamento com o emprego de órteses em ambos membros acometidos, com o objetivo de correção angular. Em sua reconsulta recolocaram-se as órteses, adicionando-se uma angulação, formando-se um molde angular para a articulação tarsocrural e fez-se uma ligação entre as órteses dos membros, para limitar a abertura dos mesmos e consequente reforço muscular, juntamente com a colocação do animal em posição de estação duas vezes ao dia. No último retorno recolocaram-se as órteses com duas faixas de restrição elástica entre os membros e orientaram-se exercícios de treino de marcha em piso emborrachado, duas vezes ao dia, juntamente com movimentos passivos de pedalada. O uso de órteses e os exercícios em piso emborrachado proporcionaram um satisfatório resultado clínico, com diminuição total das alterações, não apresentando nenhuma alteração fisiológica a saúde do animal e em sua qualidade de vida. O animal era acompanhado semanalmente e a cada revisão notava-se uma melhora substancial, apresentando melhora total aos 30 dias de tratamento. Pode-se concluir que a educação do tutor para o tratamento é muito importante, sendo necessário que se enfatize a importância de manter fisioterapia regular, pois as alterações podem sofrer regressão total quando diagnosticado precocemente e realizado tratamento com imobilização por meio de bandagens que organizem e disponham o membro em sua forma anatômica de maneira estável.

Palavras-chave


Felino=pt; Órtese=pt; Síndrome do filhote nadador=pt.

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