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OXIMETRIA DE PULSO EM POLPAS DE INCISIVOS CENTRAIS SUPERIORES SUBMETIDOS AO CLAREAMENTO DENTAL CASEIRO
Anelise Özkömür, Paula Lambert, Caroline Solda, Fernando Branco Barletta

Última alteração: 24-08-2018

Resumo


O clareamento dental consiste no tratamento cosmético mais realizado na odontologia, com resultados rápidos e eficientes satisfazendo os pacientes que desejam a obtenção de dentes brancos. A técnica considerada o padrão ouro denomina-se clareamento dental caseiro, por meio de moldeiras individuais com gel de baixa concentração 10% e 15% por períodos de uma até oito horas diárias por duas até seis semanas. O recurso diagnóstico mais empregado para avaliar as alterações pulpares são os testes de sensibilidade térmico e elétrico, que produzem sensações de dor pela estimulação das terminações nervosas da polpa dental. No entanto, esses referidos testes podem gerar falsas respostas dependendo do estado pulpar em diferentes situações clínicas. Para determinar a vitalidade da polpa dentária e sua condição clínica, deve-se aferir através do suprimento vascular sanguíneo, e não por respostas sensitivas. Recursos inovadores como a fluxometria por laser doopler e a oximetria de pulso são métodos que possibilitam avaliar a vascularização pulpar, sendo este último um recurso promissor na endodontia, por ser um teste capaz de mensurar a saturação de oxigênio da polpa dental.

O objetivo deste estudo foi avaliar o grau de saturação de oxigênio da polpa de incisivos centrais superiores, durante e após o clareamento dental caseiro. Sendo a hipótese nula que ocorrerá diferentes níveis de saturação de oxigênio.

Avaliou-se o grau de saturação de oxigênio pulpar antes, durante e após o clareamento dental caseiro, por meio da oximetria de pulso. A amostra constituiu-se de 68 pacientes com faixa etária entre 19 e 36 anos (136 incisivos centrais superiores hígidos). Foi realizado o clareamento caseiro com o uso de moldeira individual por quatro horas diárias com peróxido de carbamida 10% durante 14 dias e avaliada a saturação de oxigênio pulpar em diferentes tempos: antes do clareamento (T0), imediato (após o primeiro uso) (T1), no sétimo dia de uso (T2), décimo quinto dia (após o último uso) (T3) e trinta dias após o término do clareamento dental (T4). A análise estatística utilizou o modelo de Equações de Estimações Generalizadas (GEE), teste de t de Student (P<0,05) e correlação de Pearson. Observou-se redução na saturação de oxigênio pulpar de T0: 85,1% para T1: 84,9%, de T2: 84,7% para T3: 84,3% e posteriormente retorno do índice no T4: 85,0%. Durante o clareamento dental caseiro, houve uma redução gradual da saturação de oxigênio sendo estatisticamente significante (P<0,001); porém, após 30 dias do término do clareamento dental, houve retorno similar ao basal. O clareamento dental caseiro provocou uma diminuição no grau de saturação de oxigênio pulpar transitória reversível.


Palavras-chave


Clareamento dental; Oximetria; Polpa dentária.

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